Georges St-Pierre assina contrato e oficializa retorno ao UFC após 4 anos
Lutador canadense, ex-campeão dos pesos-meio-médios, ainda não tem luta marcada; Dana White diz que ele pode lutar desde os médios até o peso-leve
Atenção, divisão dos pesos-meio-médios do UFC: o campeão voltou. Parado desde 2013, quando abandonou o cinturão da categoria para “dar um tempo” do MMA, o lutador canadense Georges St-Pierre assinou nesta sexta-feira um novo contrato para retornar ao Ultimate ainda este ano. O presidente da companhia, Dana White, confirmou que o acordo está assinado em entrevista ao jornal americano “LA Times”.
– Ele voltou. Estou empolgado. Nós trabalhamos nisso por muito tempo e finalmente finalizamos – comemorou Dana White.
Por ora, ainda não há notícias de quando será sua primeira luta de volta ao octógono, nem de quem será seu adversário. O canadense, contudo, tem sido centro de especulação em várias frentes: Michael Bisping, atual campeão dos pesos-médios, chegou a negociar uma superluta contra ele no segundo semestre de 2016, depois de St-Pierre anunciar que queria retornar, mas diferenças quanto aos patrocinadores do canadense o impediram de fechar contrato. Uma superluta contra Anderson Silva, que dominou o peso-médio do UFC na mesma época que GSP comandava os meio-médios, já foi pedida pelos empresários do brasileiro. Como o canadense não perdeu o cinturão em combate dentro do octógono, há quem acredite que ele deveria disputar o título contra o vencedor entre Tyron Woodley e Stephen Thompson, que se enfrentam no UFC 209, em 4 de março. White declarou que St-Pierre pode lutar até no peso-leve.
– (Seu adversário) Pode ser o vencedor entre Tyron Woodley e Stephen “Wonderboy” Thompson, ou pode ser o Michael Bisping. Georges também falou em lutar no peso-leve. Ele disse que pode bater o peso. Mas eu não tenho ideia de quem ele vai enfrentar agora. Nós não temos nada marcado e literalmente não falamos com ninguém sobre isso – declarou o dirigente.
Georges St-Pierre, 35, se afastou do UFC e do MMA em novembro de 2013, pouco após vencer de forma controversa o americano Johny Hendricks no UFC 167. Foi sua 12ª vitória consecutiva e sua nona defesa de título seguida, recorde do peso-meio-médio. Seu cartel é de 25 vitórias e apenas duas derrotas, e o atleta era considerado a maior estrela do Ultimate na época que se afastou, citando problemas pessoais. Para isso, ele abriu mão do cinturão, que passou pelas mãos de Hendricks, Robbie Lawler e Tyron Woodley desde então. Nenhum deles conseguiu mais do que duas defesas de cinturão consecutivas.
Não foram só os campeões que mudaram na ausência de St-Pierre. O UFC adotou também um programa de controle antidoping, supervisionado pela Agência Antidoping dos EUA (USADA, na sigla em inglês), uma das maiores críticas do canadense quando se afastou. Por outro lado, a companhia também fechou contrato de exclusividade com a marca de material esportivo Reebok e passou a proibir que seus lutadores exibissem marcas de seus patrocinadores pessoais nos seus uniformes de luta, o que entrou em conflito com alguns dos contratos de St-Pierre. Este foi o principal ponto que alongou o período de negociações entre as duas partes. GSP chegou a anunciar que estava com passe livre para fechar com outras organizações de MMA, mas, após reuniões com Dana White, voltou a negociar e anunciou esta semana que estava perto de voltar.
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