Diego marca de pênalti, Fla desperdiça outras chances mas está na final da Taça Guanabara

Meia rubro-negro também carimbou a trave e foi o melhor da equipe. Vasco não conseguiu reagir no Raulino de Oliveira, com menos de sete mil torcedores presentes

O Flamengo precisava somente de um empate para garantir vaga na final da Taça Guanabara, mas venceu por 1 a 0 e, de quebra, também encerrou um jejum de nove jogos sem vitória sobre o rival Vasco. Neste sábado, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, Diego decidiu de pênalti, e a torcida já começou a gritar “olé” aos 30 da etapa final. A última vitória rubro-negra havia sido em 22 de março de 2015 – desde então foram seis vitórias do Vasco e três empates. O peruano Guerrero, no entanto, não conseguiu marcar seu primeiro gol no clássico. O adversário na final do turno será o Fluminense, que empatou em 0 a 0 com o Madureira em Xerém.

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Após toda a confusão que cercou o clássico, que teve venda de ingressos iniciada no Rio de Janeiro somente na véspera da partida, não houve grandes incidentes de segurança. O clima de rivalidade ficou no campo, e quase passou do ponto em alguns momentos.

O público presente foi de somente 6.979 pessoas no chamado “Clássico dos Milhões”. Depois da violência registrada no dia 12 no Engenhão, com a morte de um torcedor, o jogo em Volta Redonda teve faixa (“Somos rivais, não somos inimigos”) e troca de bandeiras antes do início da partida. No campo, no entanto, nada disso serviu para amenizar o clima, especialmente entre Rodrigo e Guerrero. Eles se estranharam durante toda a partida, e chegaram a trocar empurrões.

Os dois times começaram a partida mostrando disposição para atacar, embora chances claras fossem demorar um pouco a aparecer. Aos sete, Jean testou a atenção de Muralha, bateu firme, mas no meio do gol. Do outro lado, Diego, da intermediária, mandou para fora. Aos 13, Kelvin desta vez fez o goleiro rubro-negro trabalhar de fato. Mandou no canto, e Muralha espalmou para a linha de fundo. Se o Flamengo mostrava mais desenvoltura no toque de bola, o Vasco foi mais perigoso antes da parada técnica.

A equipe de Cristóvão voltou pressionando no jogo aéreo, mas sem sucesso. Aos 26, a melhor chance do jogo para o Flamengo, em partida veloz de Everton pela esquerda. Na frente de Martin Silva, tocou para trás, e a zaga conseguiu cortar. No rebote, Trauco também parou na defesa vascaína. O clima da partida esquentou, empurrões, reclamações, e pouco futebol até os 40 minutos, quando Luan derrubou Everton na área. Diego cobrou com categoria e abriu o placar: 1 a 0.

Os dois times voltaram com a marcação ajustada para o segundo tempo e as chances demoraram a aparecer. Mas, aos 12, Diego cruzou, Guerrero ajeitou com muita categoria, e Arão, livre, dominou e bateu mal, por cima do gol. O Vasco tentou responder, mas o jogo voltou a ficar truncado, com ambas as equipes em dificuldade na criação e o Flamengo mais confortável com a vantagem no placar.

O time de Cristóvão Borges voltou da parada técnica disposto a partir para cima. E começou a ceder espaço para os contra-ataques. Aos 22, Berrío partiu livre, cruzou, mas a zaga conseguiu cortar. No minuto seguinte, lance confuso e quase mais um gol do Flamengo. Diego bateu, Martín Silva espalmou. Réver, no rebote, tentou de novo, e a zaga tirou – em lance polêmico. O juiz sinalizou que não entrou, e Vaz tentou de bicicleta de fora da área. A bola chegou para Rômulo tentar encobrir o goleiro do Vasco. Outra grande chance bateu na trave minutos depois, desta vez em tentativa de Diego, com Martin Silva já batido. A essa altura, a torcida do Flamengo já gritava “olé”. E o Vasco já não conseguia mais reagir.

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