Passa bem: trio do meio se firma e dá novo ritmo ao Flamengo de Muricy
Cuéllar arrisca subidas ao ataque, erra apenas um passe e lidera desarmes. Arão avança ao lado de Mancuello, que empolga Muricy: “Ele enxerga muito bem o jogo”
A ideia de Muricy Ramalho de escalar três atacantes pede um meio de campo que tenha poder de marcação e de criação ao mesmo tempo. Cuéllar, Willian Arão e Mancuello fizeram o segundo jogo juntos e cumpriram a missão de proteger a defesa e alimentar o ataque de Marcelo Cirino, Emerson Sheik e Guerrero. Foram 16 finalizações – nove delas no gol – nos 5 a 0 sobre o Resende. Os jogadores do meio erraram poucos passes na partida – Mancu saiu de campo sem falhar uma vez, enquanto Cuéllar e Arão passaram errado uma e três vezes, respectivamente.
Se a goleada se construiu rapidamente, muito se deve, por sinal, ao pé esquerdo do argentino. Com dois toques na bola – um na cobrança de córner, outro de primeira, sem olhar – ele colocou Emerson Sheik em condições e Marcelo Cirino completamente livre para finalizar. O argentino – que já deu três passes para gols no Campeonato Carioca – deixou o campo antes do intervalo e será reavaliado pelo departamento médico do Flamengo.
Outro destaque foi o colombiano. Além de marcar forte – foi quem mais desarmou, em cinco oportunidades -, Cuéllar arriscou um pouco mais na sua segunda partida. Chegou a subir ao ataque algumas vezes. Numa delas, esperou a bola, mas não recebeu de volta. Saiu bem também quando ficou sem opções para passar a bola e errou apenas um passe de 46 tentativas em toda a partida. Em dois jogos ganhou a vaga e a confiança de Muricy.
– Hoje no futebol, o volante tem que jogar. A gente escolheu ele (Cuéllar) pelo histórico do bom passe, da movimentação, tem pegada curta muito importante. Ele vem se adaptando pouco a pouco, num ambiente muito bom. Já o Mancuello enxerga muito bem o jogo, deu passe lindo para o Cirino – disse o treinador do Flamengo, em entrevista coletiva.
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