Vídeo mostra imagens de Beatriz antes de ser assassinada em Petrolina

Sem título-1O vídeo que mostra as últimas imagens da criança Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, minutos antes de ser assassinada, em uma solenidade de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 10 de dezembro, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, foi divulgado nesta terça-feira (23).

A TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo, tive acesso as imagens de toda a festa. Nas filmagens, é possível ver os passos de Beatriz, antes do crime. Os horários foram sincronizados com os registrados nas câmeras.

Os primeiros registros feitos pelas câmeras que fazem a cobertura oficial do evento começam às 18h25.

Os convidados começam a chegar no Ginásio de Esportes pela entrada principal. A primeira vez que Beatriz aparece nas imagens é às 19h10, onde permanece sentada perto do pai, o professor de inglês da instituição, Sandro Romildo, que também participava da solenidade. Entre os alunos que comemoram a formatura do terceiro ano, está a irmã de Beatriz.

Às 20h55, os alunos começam a receber os diplomas e cumprimento dos professores. O professor Sandro aparece. Perto do alambrado da arquibancada está Beatriz. Uma segunda câmera, posicionada em um outro ângulo, mostra a criança de costas.

Às 21h02 ela sobe e senta ao lado da mãe, Lúcia Mota. Dois minutos depois ela sai, retorna, e em seguida se senta do lado direito da mãe. Às 21h09, Beatriz conversa com Lúcia, segundo depoimento da mãe, é o momento em que ela insiste para beber água no bebedouro que está próximo ao local onde estão sentadas. Ela levanta e sai. É a última vez que a menina aparece nas imagens oficiais da festa. A câmera é posicionada em um novo ângulo e não é mais possível acompanhar o local onde a família estava.

Às 21h25 os familiares ficam inquietos procurando Beatriz, a mãe, Lúcia é vista passando próximo ao palco. Às 21h43, Sandro sobe ao palco e pede o microfone.

“Beatriz, ô minha filha, onde é que você está? Ô Bia. Está todo mundo procurando por você, meu amor. Ela está vestida como eu aqui, com o rosto da irmã [mostrando a camiseta branca com a foto da filha mais velha]”, diz.

Angustiado, Sandro pede ajuda dos convidados. “Ela tem sete anos, estava brincando com uma coleguinha. Eu já procurei em todos os lugares que vocês imaginam aqui nessa escola e ainda não achei minha filha. Estou desesperado”, diz o pai. O último registro das câmeras oficiais do evento ocorre um minuto depois, quando todos param o que estão fazendo para ajudar nas buscas.

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