Retalhado na crise: Flamengo fica sem presidente, Muricy e Guerrero

Atacante e Bandeira vão na semana que vem para a Copa América. Em exames na capital paulista, situação de treinador está indefinida e deixa clube de mãos atadas

Na maior crise da gestão Eduardo Bandeira de Mello, o Flamengo passa por situação atípica. Na segunda-feira, depois do jogo com o Grêmio, o time vai perder numa tacada só o próprio Bandeira, que viaja com a seleção brasileira, o atacante Paolo Guerrero, que vai para a Copa América, e sem saber ainda quando e se Muricy retorna ao Flamengo. A diretoria aguarda notícias do treinador, praticamente, de mãos atadas.

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Muricy está em São Paulo. Ele foi se consultar com seu cardiologista particular. Após arritmia, ainda não tem retorno ao batente definido – de forma otimista, estima-se que volte na semana que vem. Entretanto, a dúvida que ronda a Gávea neste momento é se o treinador vai voltar de pronto ao trabalho.

A direção rubro-negra aguarda com expectativa o resultado dos exames aos quais o técnico foi submetido. Em paralelo à delicada situação, o trabalho de Muricy é também questionado internamente, mesmo com ele fora do banco de reservas na derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, quarta, pela Copa do Brasil.

Nesta avaliação, Muricy ainda não conseguiu montar um time organizado, mesmo tendo em mãos um elenco reforçado e com cinco meses decorridos no ano. A partida contra o Fortaleza foi mais um capítulo de uma equipe que dá muitos espaços ao adversário e que pouco consegue criar, mesmo tendo posse de bola. Do outro lado, há críticas sobre a formação do elenco e a demora em contratar um zagueiro – hoje, há apenas três no elenco. Além da perda sem reposição de Kayke no ataque, o que obrigou Muricy a escalar Ederson no ataque. Estes questionamentos recaem também sobre o departamento comandado por Rodrigo Caetano.

O único centroavante dentro do elenco, além de Guerrero, é Felipe Vizeu, de 19 anos. E a opção por Ederson evidencia a cautela da comissão técnica em lançar o garoto aos leões. Muricy Ramalho, em entrevista ao GloboEsporte.com, deixara claro que não pretendia queimar os mais jovens em momento difícil. A saída de Wallace o obrigou a lançar Léo Duarte, por exemplo.

Diante do momento de crise e de questionamentos internos, o Flamengo adota um discurso de cautela em relação aos seus próximos movimentos para estancá-la. No entanto, o clube promete fazer uma cobrança bem mais forte aos jogadores a partir de agora. Mesmo sem expor o elenco, o clube promete exigir uma reação imediata do grupo e espera ver um novo comportamento já a partir deste domingo, na partida contra o Grêmio, em Porto Alegre, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.

Paolo Guerrero, principal investimento desde a vitória da Chapa Azul em 2012, se juntará à seleção peruana para a disputa da Copa América. Ele viaja nesta segunda-feira e sua presença no jogo de domingo em Porto Alegre ainda é incerta.

Outro provável desfalque rubro-negro é o colombiano Cuéllar. Para a posição, Muricy tem à disposição Ronaldo, Canteros e Márcio Araújo, mas não vem utilizando nenhum dos três com frequência.

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Globoesporte.com