Novo serviço de banda larga via satélite começa a operar no Brasil

HughesNet estará disponível na Bahia em agosto e pretende ter ‘maior velocidade e mais qualidade’ que as concorrentes

A empresa americana Hughes está chegando no Brasil e promete trazer melhorias no setor de telecomunicações. A partir do dia 1º de julho, a operadora vai implantar um novo serviço de banda larga via satélite e quer investir em locais onde há pouco acesso à internet ou má qualidade na conexão.

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“Queremos resolver um eixo da exclusão digital. Queremos atender as pessoas que possuem renda, mas não são atendidas por outras empresas de banda larga”, afirmou Rafael Guimarães, presidente da Hughes Brasil, durante o lançamento da HughesNet, realizado em São Paulo, no dia 28 de junho.

Com 10 anos de operação no mercado residencial e mais de 1,3 milhão de assinantes em todo o mundo, a maioria nos Estados Unidos, a banda larga vai ser implantada em três fases, chegando na Bahia em agosto.

O diretor de vendas e marketing da Hughes, Alceu Passos, afirma que o nosso estado está no topo da lista de prioridades. “O Rafael (presidente) é baiano, então o estado é um dos principais focos da empresa. Serão três distribuidores na Bahia, em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista”, disse ao CORREIO.

A partir de julho, o serviço vai estar disponível nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Até setembro, a HughesNet poderá ser contratada em 21 estados do país, incluindo Rio de Janeiro, Ceará e Mato Grosso, e pretende atender todo o Brasil até 2020.

“A HughesNet oferecerá um serviço com maior velocidade e mais qualidade, para respeitar as particularidades da população brasileira e cumprir sua missão de entregar comunicação a todos”, diz o presidente da companhia.

Preços e planos
A Hughes chega em solo brasileiro com o preço um pouco elevado. No plano residencial da HughesNet, a velocidade varia entre 10MB e 20MB, com valores de R$ 249,90 a R$ 449,90 mensais. Há também uma taxa de adesão de R$ 360 e contrato de fidelidade de 12 meses.

No plano empresarial, o usuário dispõem de 15MB a 25MB de velocidade, com valores de R$ 459,90 a R$ 859 mensais). A taxa de adesão é de R$ 469,90, com contrato de fidelidade de 24 meses. Como oferta de lançamento, a HughesNet está fazendo um teste dos seus serviços para as empresas, dando um mês de contrato sem carência.

Franquia
Utilizando a banda KA, a HughesNet utiliza a franquia de dados, uma das maiores críticas dos consumidores brasileiros em relação à banda larga. A franquia varia de acordo com o plano contratado e, segundo Rafael Guimarães, caso o usuário alcance o limite, a velocidade é reduzida, mas a internet não é cortada. Há também tem a opção de contratar a franquia adicional, com valores a partir de R$ 29,90 a cada 1GB.

“Acreditamos que a redução da franquia bota limites e não gera injustiça, já que o usuário que usa mais intensamente a internet pode tirar espaço do que usa menos”, defende Rafael, explicando também que a empresa quer entregar uma velocidade de internet maior do que a Anatel exige, superando as outras empresas convencionais.

O diretor de vendas e marketing da Hughes, Alceu Passos, também concorda com a utilização da franquia. “Para garantir uma boa qualidade de entrega de internet, precisamos da franquia”.

História
O nome Hughes é em homenagem ao aviador e engenheiro Howard Hughes, que revolucionou o mundo ao usar eletrônicos em aviões. O americano foi um dos homens mais ricos do mundo e ficou famoso ao quebrar o recorde mundial de velocidade em um avião, construir aviões, produzir o filme Hell’s Angels e por se tornar dono de uma das maiores empresas aéreas norte-americana, a TWA.

RTEmagicC_hughes_rafael_guimaraes_01.jpgO serviço de banda larga da Hughes só está chegando agora ao Brasil, mas a empresa já possui uma antiga história no país, incluindo a venda de satélites para a Telebrás e instalando o primeiro escritório da operadora em 1991.

Para oferecer o seu serviço com qualidade, a Hughes fez uma parceria com a emprea brasileira Elsys, responsável pela distribuição do serviço, como a parte de vendas, logística, instalação e pós-venda.

A implantação e expansão da HughesNet pelo país também conta com o apoio da OneWeb, projeto de ampla cobertura com satélites de baixa órbita.

Questionado sobre a qualidade e possível interferência climática no serviço, como costumamos observar com a Sky, empresa de TV por assinatura via satélite, que perde o sinal quando chove, Rafael afirma que a HughesNet não deve se comportar da mesma forma.

“São serviços diferentes. Então a quantidade de tempo que o serviço funciona em determinada condição atmosférica é diferente. Mas criamos uma banda larga para ser mais eficiente que o consumido nas TVs via satélite”, explica.

* A repórter viajou para São Paulo a convite da Hughes

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