Após nocaute relâmpago, Netto BJJ destaca trabalho: “Não tenho lazer”

Atleta da Evolução Thai quer treinar wrestling nos EUA para seguir evoluindo

Trinta e quatro segundos. Foi esse o tempo que Joaquim Silva, o Netto BJJ, precisou para nocautear o invicto Andrew Holbrook no TUF 23 Finale, que aconteceu no último dia 8, em Las Vegas. Atleta da academia curitibana Evolução Thai, Netto BJJ creditou sua atuação ao trabalho duro.

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– Foi uma luta rápida, mas foi tudo fruto do meu trabalho. Eu trabalhei muito para essa luta. Desde que eu fui contratado pelo UFC mesmo eu treino de segunda a segunda, não tenho nenhum lazer. Sou um funcionário da luta. Acho que tudo isso refletiu hoje em cima do octógono.

Apesar de carregar “BJJ” – de brazilian jiu-jítsu – no apelido, Joaquim tem feito mais sucesso na trocação. O brasileiro acumula cinco vitórias por nocaute e três por finalização. De personalidade pacata e tranquila fora do cage, Netto BJJ se transforma na hora da luta.

– Eu sempre faço lutas rápidas e agressivas. Eu sabia que quando a minha mão entrasse o Andrew iria cair. Eu estava fazendo muita manopla, muito treino de boxe. Confio bastante na minha mão direita e foi justamente a que entrou. Nos treinos eu costumo fazer isso. Os caras chutam, eu tento segurar a perna, ando para frente, o cara cai e eu já coloco o cruzado quando ele quica no chão. Foi justamente o que aconteceu. Quando ele caiu eu cruzei, ele sentiu a mão e eu acabei com a luta. Eu queria fazer mais rápido. Eu terminei uma luta mais rápida que essa. Antes de entrar no UFC eu nocauteei em seis segundos e tenho um histórico de nocautes. Eu treino muito e tento ser o mais agressivo nas minhas lutas. Não pareço agressivo, mas dentro do octógono eu sou (risos).

Mas o atleta não se contenta com os bons resultados. Netto BJJ quer evoluir em aspectos de seu jogo que ele não julga bons o suficiente, como o wrestling. Para isso, ele planeja uma mudança para os Estados Unidos.

– Eu estou morando em Curitiba, treino na Evolução Thai, com o André Dida, Serginho Moraes, Massaranduba, Pepey, Rony Jason… Tem um paraguaio, que é do UFC também, o Goku. A gente tem uma infinidade de atletas. Eu estou muito feliz com a minha equipe. Eu só quero vir para cá para treinar wrestling, não vou nem treinar MMA. Eu quero até comprar o macacãozinho, aquele que é meio feio (risos). Eu quero treinar só o wrestling, não quero treinar MMA porque eu estou muito feliz na minha academia, na minha equipe. Tirando o frio de Curitiba, está tudo certo. (…) Vamos continuar ganhando, não se mexe em time que está ganhando né (risos)?

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