Diante da China, seleção feminina inicia busca pelo ouro no Rio de Janeiro
Seleção vai encarar as chinesas às 16h, no estádio do Engenhão; antes tem o duelo entre África do Sul e Suécia
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos só acontece depois de amanhã, a partir das 20h, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Apesar disso, o espírito de competição já será visto hoje, quando seis seleções de futebol feminino iniciam a disputa em três cidades brasileiras. Além do Rio, São Paulo e Belo Horizonte receberão jogos.
E os primeiros países a entrar em campo em terras cariocas são África do Sul e Suécia, às 13h, no estádio Engenhão. O jogo, válido pelo Grupo E, é uma espécie de preliminar de Brasil e China, que medem forças pouco depois, às 16h, no mesmo local. Os outros confrontos do dia são Canadá x Austrália, Zimbábue x Alemanha, Estados Unidos x Nova Zelândia e França x Colômbia. A tabela completinha você encontra na página seguinte.
As meninas do futebol entraram no programa olímpico apenas nos Jogos de Atlanta, em 1996. Ao todo, foram realizadas cinco edições até agora, com quatro títulos dos Estados Unidos (Atlanta-1996, Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012) e um da Noruega (Sydney-2000).
Apesar do futebol feminino ainda engatinhar no Brasil, nunca faltou talento para as nossas atletas. São duas medalhas de prata (Atenas-2004 e Pequim-2008), além de dois quartos lugares (Atlanta-1996 e Sydney-2000).
Em busca da inédita medalha de ouro, a seleção comandada pelo técnico Vadão aposta na experiência de três importantes jogadoras: Formiga, Marta e Cristiane.
Aos 38 anos, Miraildes Maciel Mota, ou simplesmente Formiga, é baiana de Salvador e está em sua sexta edição de Jogos Olímpicos. São 21 anos de serviços prestados à seleção, já que ela estreou com a camisa amarelinha em 1995. Pelo Brasil, além das duas pratas olímpicas, foi tricampeã do Pan-Americano (2003, 2007 e 2015), bicampeã Sul-Americana (2010 e 2014) e vice-campeã do Mundial, em 2007.
Marta dispensa apresentações. Eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo consecutivamente pela Fifa (2006 a 2010), a alagoana de Dois Riachos é uma referência mundial. Com 103 gols, ela é a maior artilheira da história do Brasil, superando até o Rei Pelé, que marcou 95 ao todo. Prata em 2004, com apenas 18 anos, a craque agora sonha com a medalha dourada.
“Tudo começou ali, em 2004. Foi a minha primeira conquista no futebol feminino. Foi quando chegamos mais próximo da medalha de ouro. Espero que aqui no Rio a história se repita, de chegarmos à decisão, mas que o final seja diferente”, disse ela, atualmente com 30 anos.
Paulistana de Osasco, Cristiane também tem um faro de gol apurado onde os números não mentem. Nos Jogos de Londres, em 2012, ela tornou-se a maior artilheira da competição, com 12 gols, ultrapassando a alemã Birgit Prinz.
“Escrevi meu nome na história dos Jogos, marquei o nome do meu país. Sou uma brasileira recordista. Obviamente, é uma conquista coletiva também. Eu não faria nada disso se não fosse pelas minhas companheiras”, afirmou a dona da camisa 11, 31 anos, que tentará ampliar a marca no Rio de Janeiro.
As 12 seleções que disputam a Olimpíada foram divididas em três grupos. Oito países serão classificados para as quartas de final: as duas primeiras na tabela de cada grupo e as duas melhores entre as terceiras colocadas. A final do futebol feminino está marcada para o dia 19 de agosto, às 17h30, no Maracanã. Agora é juntar as energias e torcer bastante para que o Brasil esteja lá.
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