Presa na Bahia amante que admitiu planejar morte de empresário da Telexfree
Jovem de 20 anos se apresentou à polícia nesta segunda-feira (1º).
Dorian da Silva Santos foi encontrado morto no dia 19 de julho.
A jovem de 20 anos que confessou ter planejado a morte do empresário Dorian da Silva Santos, um dos pioneiros da Telexfree na Bahia, se apresentou à polícia com o advogado na tarde desta segunda-feira (1°), na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. A informação é do delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios da cidade, que está à frente das investigações.
De acordo com a polícia, foi cumprido o mandado de prisão contra Daiane de Oliveira Dias e ela será encaminhada para o presídio de Feira de Santana ainda nesta segunda-feira. Ela vai responder pelo crime de latrocínio. A jovem chegou a ser levada para a delegacia no dia 21 de julho, quando, em depoimento, confessou o crime, mas foi liberada, pois de acordo com a Polícia Civil, não houve flagrante e nem havia mandado de prisão contra ela.
Dois homens que participaram do crime foram presos no dia 20 de julho, após realizarem uma série de assaltos em Feira de Santana, usando o carro da vítima. Segundo a polícia, eles foram mantidos detidos por conta dos outros crimes e na quinta-feira (28) saiu o mandado de prisão preventiva referente ao crime contra o empresário. Os dois homens permanecem presos.
Relação amorosa
Conforme a polícia, desde os 15 anos de idade, Daiane tinha um relacionamento com Dorian, que era casado. Ainda de acordo com a polícia, a mulher é natural de Salvador, mas morava com os pais em um povoado do município de Serra Preta, mesma cidade onde o empresário residia.
Além do relacionamento que tinha com o empresário, Daiane começou a namorar com um dos homens envolvidos na morte de Dorian. Conforme o delegado Gustavo Coutinho, Daiane teria dito ao comparsa que o amante era rico e os dois planejaram o assalto contra a vítima.
Conforme a polícia, a jovem e os dois comparsas teriam planejado o crime um dia antes de o empresário ser morto. No dia do homicídio, a mulher ligou para a vítima e marcou um encontro em um local onde funcionava o antigo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas proximidades do campus da Universidade Estadual de Feira de Santana(Uefs).
O empresário e amante foram para uma casa alugada perto do local do encontro. Quando os dois deixaram o local, dois homens cehgaram e anunciaram um assalto. Conforme a polícia, a vítima foi rendida e levada pelos suspeitos ao local do crime, no povoado do Caetano, no distrito de Humildes.
Segundo o delegado, a amante chegou a ser amarrada pelos suspeitos junto com o empresário. Mas Dorian teria desconfiado de que se tratava de uma armação e foi morto.
Prisão de suspeitos
Os dois homens apontados como comparsas de Daiane foram presos com o carro da vítima). Depois do crime, Joanderson Menezes Lima e Davi Rios de Oliveira ficaram com o veículo e o utilizaram para realizar assaltos em Feira de Santana. Após uma denúncia anônima, a polícia prendeu três homens. Segundo a polícia, um deles não tem envolvimento com o crime contra o empresário.
Com os homens foram apreendidos dois revólveres calibre 38, quatro cartuchos intactos e cinco deflagrados, quatro aparelhos celulares, uma foto do empresário assassinado, documento de um veículo e folhas de cheques em nome da vítima.
Caso
Dorian da Silva Santos foi localizado com as mãos amarradas para trás e com várias marcas de tiros na cabeça, na terça-feira (19).
Em entrevista ao G1, o delegado Fabrício Alencar relatou que a vítima estava com amigos no centro de Feira de Santana, por volta das 15h, quando atendeu a uma ligação e depois “disse que iria sair para resolver algumas coisas”.
Cerca de uma hora e 30 minutos depois, a polícia foi procurada com a informação de que ele havia sido encontrado morto no distrito que fica a cerca de 20 quilômetros do centro da cidade.
Segundo o delegado, Dorian da Silva era provável candidato à prefeitura de Serra Preta, a 65 quilômetros de Feira de Santana, e é conhecido na região por ter sido um dos primeiros representantes no estado da Telexfree, empresa que é investigada desde 2013, quando foi acusada pelo Ministério Público do Acre de realizar um esquema de pirâmide financeira sob o disfarce de empresa de marketing multinível. As atividades da empresa foram bloqueadas em 2013.
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G1