Eudes Benício: “Voto vendido, burrice gratuita”

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“Voto vendido, burrice gratuita”

Vendeu seu voto?! Espero que tenha sido por um valor muito, muito alto. Ou já gastou a merreca no mesmo domingo da eleição?! Esse dinheiro vai ter que ser suficiente para garantir seus direitos básicos pelos próximos quatro anos. E a culpa é toda sua.

Agora que a eleição passou, tenha ou não vencido aquele que comprou seu voto, ele comprou também o seu direito de reclamar, de cobrar, de ser um cidadão socialmente presente e que cobra soluções do poder público. Todo esse direito se foi com aquela “merreca” da qual falamos algumas linhas atrás.

Quantas centenas de milhares de reais não foram despejados por candidatos nos becos, ruas e terreiros do interior e da sede de Campo Formoso nas últimas semanas?! Quem vende o voto é tão corrupto quanto o político que está comprando. Se esse candidato, antes de eleito, foi capaz de comprar o voto, imagine só, depois de eleito o que ele será capaz de fazer na Câmara Municipal ou na Prefeitura?!

De volta àquela “merreca”… o que vale esse dinheiro de um momento diante da posto de saúde que não tem médico? Da rua esburacada? Da falta de lazer e cultura? Do descaso com educação e o esporte? Da inoperância de um legislativo?! É um preço alto a se pagar até poder consertar o erro quatro anos depois. Alguém com boas ideias, que pensa em saídas de desenvolvimento para a cidade por ter perdido lugar para quem teve mais dinheiro e mais eleitores dispostos a serem comprados…

Voto não é mercadoria, e descartável é o “eleitor” que se vende. Para o político que te comprou, você não vale mais nada depois daquele “Fim” que aparece na urna.

Eudes Benício é jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia

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