Jogadores da base tricolor não são titulares há mais de dois meses

O último a figurar entre os 11 foi o volante Feijão, ainda no primeiro turno

Muriel, Eduardo, Tiago, Jackson e Moisés; Luiz Antonio, Juninho e Renato Cajá; Edigar Junio, Wesley Natã e Hernane. Este é o time-base do Bahia nesta reta final da Série B e, mesmo sendo de posições e tendo características diferentes, os 11 têm uma coisa em comum: nenhum é formado nas divisões de base do clube.

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Há pouco mais de dois meses tem sido assim. Para o jogo de sábado contra o Ceará, às 16h, na Fonte Nova, Guto Ferreira não terá o volante Luiz Antonio, suspenso pelo cartão amarelo. Renê Júnior e Feijão são as opções e, pelo menos no treino de ontem, o primeiro saiu na frente.

Feijão, por sinal, foi o último jogador da base tricolor a ser titular na Série B, no empate por 1×1 com o Atlético Goianiense, no dia 16 de agosto, há treze rodadas, que representam todo o segundo turno.  Em entrevista ao Correio no dia 29 de setembro, o presidente Marcelo Sant’Ana minimizou a ausência de atletas formados no clube entre os titulares e justificou o fato como uma decisão da comissão técnica. “O mais importante é que o Bahia tenha sucesso dentro de campo. Se vai ser com 11 jogadores feitos fora de casa ou com 11 dentro de casa, é uma decisão da comissão técnica. O que a diretoria quer é o sucesso do Bahia”, afirmou.

Para o zagueiro Jackson, o aproveitamento de atletas da base é um componente importante dentro do grupo. “É bom ter jogador da base no elenco e no time principal. Viveu toda a base, conhece bem o clube, é importantíssimo”.

O atual elenco tricolor é formado por 31 jogadores, sendo apenas oito oriundos das divisões de base. São eles o goleiro Jean, os zagueiros Eder e Dedé, os volantes Feijão, Yuri e Gustavo Blanco, o meia Rômulo e o atacante Mário.

O número corresponde a aproximadamente 26% do elenco principal e está distante da meta estabelecida pelo dirigente em outra entrevista ao Correio, às vésperas das eleições presidenciais do clube, em dezembro de 2014. “Teremos um diretor de futebol responsável por essa nova mentalidade, que valorize o planejamento, cumprimento de metas e respeite a divisão de base. O compromisso é, até 2017, ter 40% do elenco formado na base”, projetou Sant’Ana na época.

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