Indústria baiana defende agenda de reformas contra crise

“É uma das piores crises da história deste país, com queda de quase 8% do PIB no biênio 2015-2016, mais de 12 milhões de desempregados”, diz Fieb

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Impactados por uma crise que provocou uma queda de quase 8% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no biênio 2015/2016, os industriais baianos, através da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) publicaram no sábado (17) um manifesto nos principais veículos de comunicação do estado em defesa de uma agenda de reformas.

“Os brasileiros assistem diariamente, assombrados e indignados, ao agravamento da crise econômica, política e institucional, que impõe grandes sacrifícios a todos”, diz o “Manifesto da Indústria Baiana”, assinado pelo Conselho de Representantes da Fieb.

“É uma das piores crises da história deste país, com queda de quase 8% do PIB no biênio 2015-2016, mais de 12 milhões de desempregados, milhares de empresas fechando e forte perda de credibilidade das instituições, resultante de práticas políticas danosas e da má conduta da economia”, complementa o manifesto.

A Fieb defende a união da sociedade em prol de uma agenda de reformas, que inclua cinco pontos: modernização da legislação trabalhista, diminuição do tamanho do Estado, reforma da legislação tributária, reforma da Previdência e a reforma política.

“O Brasil não aguenta mais tantos abusos, falta de ética e de compromisso. Os brasileiros exigem um novo ambiente político, com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário independentes e voltados para os reais interesses da Nação. Os interesses corporativos não podem prevalecer sobre o bem comum da sociedade”, destacam os representantes da indústria.

“Precisamos de um ambiente favorável aos investimentos e à criação de empregos, com segurança jurídica, estímulo à inovação, fortalecimento do empreendedorismo e da economia de mercado”, complementa.

A Federação lembra que é “preciso criar empregos e destravar os investimentos, para retomar a atividade econômica e propiciar a criação de uma sociedade menos desigual e mais competitiva”.

AGENDA DE REFORMAS DA FIEB
Trabalhista – Com menos encargos, regulamentação d aterceirização e respeito ao negociaco entre empregador e empregado

Gestão pública  – A estrutura do setor público deve ser ajustada ao tamanho da nossa economia, o que permitiria inclusive a queda dos juros

Tributária – Redução do número de impostos, da carga tributária e das obrigações acessórias. Afinal, quem paga imposto é o consumidor

Previdência – Fim dos privilégios de pequenos grupos e o respeito à nova realidade demográfica do país, visando conter os enormes déficits atuais e garantir o pagamento das aposentadorias no futuro

Política – Fim do financiamento empresarial de campanhas e das siglas de aluguel, verdadeiros balcões de negócios, e redução do número de partidos

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