Michelle Waterson se reinventa após pausa, vence e dá recado: “Quero o cinturão”
Lutadora, que venceu Paige VanZant no UFC Sacramento, cita novo estilo adotado em período longe do cage, e não se mostra surpresa com rival que preferiu ser “apagada”
Foram 17 meses longe do octógono. Quase um ano e meio. Mas Michelle Waterson não desaprendeu. Ou melhor, a americana de 30 anos se reinventou e, na noite deste último sábado, finalizou o combate com Paige VanZant com um mata-leão já no primeiro round, com apenas 3m21s de luta no UFC Sacramento. O próximo passo ela sabe que não deve ser a disputa do cinturão do peso-palha, que hoje está com Joanna Jedrzejczyk, mas seu objetivo é estar no topo.
– Quem (quero enfrentar)? Bem, eu quero o cinturão. Se eles não me derem essa luta agora, eu vou entender. Eu preciso fazer mais algumas lutas, mas esse é o meu objetivo. É conquistar aquele cinturão – disse a lutadora em entrevista ao UFC.
Com um cartel de 14 vitórias e quatro derrotas, e dois triunfos consecutivos desde que saiu do Invicta para o UFC, Waterson destacou que soube usar o tempo longe das lutas para evoluir e surpreender no cage.
– Nós treinamos muito para esse camp, eu nunca tinha treinando tanto na minha vida, então estou animada por ter lutado e ter vencido (…). Fiz uma pausa de um ano e meio, então consegui melhorar meu estilo. Eu estava com um novo posicionamento e foi algo que ninguém tinha visto antes, e ela não podia ter um plano de jogo em cima disso. Isso ajudou muito a interromper o ritmo dela. Naquele momento, consegui fazer as coisas que eu queria fazer para dominar a luta.
Michelle Waterson também disse não ter se surpreendido com o fato de VanZant não ter batido para encerrar a luta, acabando apagada no octógono.
– Não, eu não fiquei nem um pouco surpresa. Ela é muito boa em escapar de uma posição ruim e eu sabia disso. É por isso que treinamos muito as sequências no jiu-jitsu, para ter certeza que se ela conseguisse escapar de uma finalização, eu ficaria em uma outra boa posição e partiria para outra finalização. Eu nunca fiquei tentando ganhar tempo ou ser muito neutra.
Depois de bater uma das lutadoras “queridinhas” do UFC, Waterson garantiu que pode ser uma ótima representante da organização.
– Eu acredito nisso plenamente. As artes marciais têm sido parte da minha vida há 20 anos. Eu posso representar o UFC. Eu sei, eu sei que posso.
Já na coletiva após o evento, a vencedora do bônus de “performance da noite” explicou uma declaração que deu antes da luta, e que teria sido mal interpretada. Ela mencionou que Paige VanZant, de 22 anos, ainda era um “pouco verde”. Ela garantiu que não quis insultar a adversária.
– Eu não desrespeito qualquer lutadora. Mas também estou tentando ser mais franca e honesta comigo mesma quando respondo perguntas. E assim, não quis dizer isso como desrespeito. Eu quis dizer isso apenas como uma resposta honesta, vinda de alguém que está fazendo artes marciais há 20 anos e lutando profissionalmente por 10 anos. E ela simplesmente não tem (esse tempo no esporte) – concluiu, segundo o site “MMA Junkie”.