Com Tite, Neymar bate menos, volta a brilhar, mas segue sendo caçado

Autor de seis gols nos últimos sete jogos pela seleção brasileira, todos sob o comando de Tite, atacante eleva nível de atuação, mesmo com média de 5,8 faltas sofridas por partida

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Na comparação entre o Neymar da época de Dunga e o Neymar comandado por Tite nas Eliminatórias, o craque do Barcelona está melhor “no aspecto tudo”, como bem disse na véspera da vitória por 3 a 0 contra o Paraguai, na Arena Corinthians, ao falar sobre o seu momento.

Em sete jogos desde a troca no comando, marcou seis gols em seis partidas, passando em branco apenas na vitória contra o Peru. Mais equilibrado emocionalmente, vem cometendo menos faltas. Só uma coisa segue igual: o atacante se mantém como a caça preferida dos sul-americanos.

Em dez partidas disputadas pelo torneio classificatório, recebeu 58 infrações (média de 5,8 por jogo): 20 nos primeiros três jogos com Dunga (média de 6,6) e outras 38 nas sete partidas que fez sob o comando de Tite (média de 5,4). Terceiro jogador que mais apanha na Liga dos Campeões, o astro do Barcelona tem uma média menor na Europa, “apenas 3,57” por partida.

Dentre os adversários encarados, os que mais bateram em um mesmo jogo foram Peru (10 faltas), Argentina (nove) e Paraguai (oito), o terceiro no confronto em Itaquera, na última terça-feira.

– Foram muitas (faltas), mas não ligo mais não, podem bater a vontade. Falam que é o único jeito de parar né?! Acaba doendo depois do jogo. (…) Estou todo dolorido aqui, todo me doendo. Agora vou para casa para a namorada cuidar (risos) – brincou o atacante, em fase mais tranquila.

Suspenso três vezes ao longo das eliminatórias inicadas em 2015, Neymar tem feito menos faltas com Tite. A média caiu de duas por jogo para 0,85 por partida. Os cartões amarelos, que há um ano eram rotina na vida do jogador pela Seleção, também não aparecem há cinco rodadas.

– Já discuti quando não era necessário, tomei cartões amarelo e vermelho, me prejudiquei, prejudiquei meus companheiros. Mas vamos ficando cada vez mais maduros. Hoje, só penso em jogar futebol – disse o garoto nesta semana, ciente de sua importância para a equipe.

Cada vez mais candidato ao título de melhor jogador do mundo, o jogador de 25 anos parece crescer nas mãos de Tite há pouco mais de um ano da Copa. Não havia momento melhor.

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