Garota simulou assalto e ficou 4 dias com o ex; polícia avalia pena

Jovem assumiu que foi para a casa de um ex-namorado e não houve crime.
Garota de 18 anos poderá responder por falsa comunicação de crime.

A jovem que desapareceu em São Vicente, no litoral de São Paulo, após sair para buscar emprego, estava, na verdade, na casa de um ex-namorado. Após ficar quatro dias desaparecida, ela foi encontrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santos, onde havia alegado que tinha sido vítima de um assalto e perdido a memória.

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De acordo com familiares, Liliane Andrade Santos, de 18 anos, inventou toda a história do assalto por medo de ser castigada. A jovem, que mora com a avó desde que a mãe morreu, chegou a ir para a faculdade no dia do desaparecimento, mas não voltou para casa e ficou sem dar notícias. A partir daí, a família procurou a polícia para ajudar nas investigações.

Durante o desaparecimento, a avó e uma tia da garota fizeram uma força-tarefa pelas ruas da Baixada Santista, espalharam fotos pelas redes sociais e, inclusive, foram à delegacia para comunicar o desaparecimento da estudante. Quando foi encontrada, em um hospital, a jovem alegou que foi assaltada por um rapaz de bicicleta e que acabou batendo a cabeça. Fingindo ter perdido a memória, ela deu entrada em uma UPA até que a família foi localizada.

Após a grande repercussão do caso e da pressão de alguns amigos, a jovem resolveu voltar atrás na história e confirmou que havia inventado toda a situação. Apesar de não ter explicado os reais motivos da fuga, Liliane confirmou que inventou o assalto e a perda de memória para poder passar um tempo sozinha com o ex-namorado. Além disso, ela se livrou do celular.

Em entrevista ao G1 na manhã desta quarta-feira (1), a avó da jovem, Maria de Lourdes Andrade Santos, disse que acreditou na versão da jovem, já que ele não costuma sumir e não teria motivos para inventar um assalto. “Ela mentiu, mas ela não é disso. Nunca nos deu motivos para não acreditar em algo que ela nos disse. Pedimos desculpas a todos que se preocuparam com ela”, falou a avó.

De acordo com informações da polícia, a história inventada por Liliane pode representar uma falsa comunicação de crime, o que é considerada uma infração. Por esse motivo, a jovem pode ser responsabilizada no artigo 340 do Código Penal. Ainda segundo a polícia, por inventar a história ela está sujeita a uma pena de até seis meses de detenção e multa.

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G1