Em 2 jogos, Éverton Ribeiro mexe com Flamengo e movimenta ataque
Camisa 7 cai para a direita, tira Diego do centro, abre espaço para Guerrero sair mais da área… Mesmo ainda sem brilhar, novo reforço já eleva nível do Rubro-Negro
É apenas o começo. E sempre é bom lembrar que são apenas dois jogos, mas Éverton Ribeiro começa a mostrar que a habilidosa canhota pode mexer com o ataque do Flamengo. A atuação do camisa 7 não foi brilhante e mesmo assim ele teve inteligência para dar o passe para o gol de Diego e se movimentou bastante pelo setor ofensivo do Rubro-Negro.
Caindo ora pela direita, ora mais centralizado e também pela esquerda, Éverton Ribeiro abre espaços para a movimentação de Diego e Guerrero, principalmente. Até o gol de Guerrero de falta, é verdade que o Flamengo pouco criou, mas o trio hábil confundiu a marcação e provocou nova configuração no ataque.
Embora mais preso pela esquerda – e sem a mesma facilidade de sair da ponta para o meio do campo que seu xará -, Everton, que não é o Ribeiro, mostrou seu lado polivalente, com muito empenho na marcação. O camisa 22 foi o segundo jogador com mais desarmes na equipe – cinco vezes, o mesmo índice de Márcio Araújo. Cuéllar liderou o quesito com oito desarmes.
O segundo gol exemplifica bem a troca de posições no time . A bola é roubada no campo de ataque, Guerrero arma, toca para Éverton Ribeiro, que passa para Diego, na posição de Guerrero, concluir a gol e ampliar a vantagem do Flamengo.
Évertons trocam de posição e Diego entra pela direita (Foto: Raphael Zarko)
Cuidados físicos
Em fim de temporada no futebol do Catar e sem férias, a condição física de Éverton Ribeiro ainda é preocupação para o Flamengo. No segundo tempo, o jogador já não ajudava tanto na marcação ao voltar para o campo rubro-negro. Zé Ricardo percebeu que o São Paulo forçava as jogadas em cima de Pará e, com 2 a 0 no placar, decidiu colocar Berrío.
Com o colombiano, a característica do time muda bastante. O Flamengo que se movimenta e troca de lados no setor ofensivo fica mais estático. Mais previsível. Sem Conca, que busca melhor condição física depois de longo tempo de inatividade e parece ainda não ter total confiança do técnico Zé Ricardo – que preferiu colocar Mancuello no banco – Éverton Ribeiro vira alternativa para dividir com Diego a missão de criar e distribuir o jogo.
Berrío protege Pará. Colombiano, com mais força física do que técnica, é um operário na recomposição do Fla (Foto: Raphael Zarko)
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