Quadrilha que fraudava provas em vestibular chegava a cobrar até R$ 120 mil

Polícia descobre esquema de fraude de vestibular em 12 estados e também do DF.

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A polícia civil de Goiás descobriu centenas de candidatos que queriam passar no #Vestibular de #Medicina, mas advinha? Sem estudar! Foi descoberta uma fraude cara e que envolvia estudantes de 12 estados e também do Distrito Federal. A polícia estima que 170 estudantes tenham sido beneficiados pelo esquema e que pelo menos metade tenha sido aprovada.

Os detectores de metais não detectaram nada entre os mais de 110 candidatos, de dez faculdades, a maioria delas em Goiás, que entraram pra fazer a prova munidos de celulares que estavam escondidos na roupa. A fraude só foi descoberta durante a prova, numa investigação surpresa, quando o delegado se passou por fiscal em uma das salas.

O delegado Cleybio Januário Ferreira se passou por fiscal e flagrou Ovídio Siqueira com um celular passando o gabarito para os candidatos. O delegado disfarçado de fiscal perguntou: “O que você tem ai? É um celular? Abre o botão, moço, se você não quiser, a gente vai ter que te conduzir chamar a viatura. Você escolhe como vai ser.” Os nomes dos investigados que foram aprovados serão encaminhados para as universidades para que elas promovam a exclusão deles e melhorem o controle aos locais de provas.

Quadrilha chegava a cobrar até 120 mil
Depois de identificados, os integrantes da quadrilha passaram a ser monitorados de perto pela polícia. Um deles de nome Fernando Baptista Pereira foi flagrado comprando 10 aparelhos celulares em Goiânia. Era ele também que explicava o esquema aos interessados.

Já Matheus Ovidio Siqueira era quem respondia quase todas as questões, fazia a prova rapidamente, depois ia ao banheiro e, de lá, segundo os delegados, enviava as respostas para outro integrante da quadrilha. Esse, por sua vez, intermediava as respostas para todo os candidatos, que chegaram a pagar R$ 80 mil e R$ 120 mil, conforme o tipo de entrega do gabarito.

Na tarde de ontem, Matheus e outras quatro pessoas foram presas, incluindo Rogério Cardoso de Matos, identificado como chefe do grupo.

A polícia encontrou também mais de 150 mil reais em espécie na casa de um dos integrantes. Por hora, as investigações não apontaram a participação de funcionários das faculdades no esquema. Mas, a policia civil recomendou que todas as instituições, envolvidas ou não, fiscalizem o uso de aparelhos celulares nas provas. Alguns alunos já estão cursando Medicina.

Dos cento e dez candidatos que pagaram para participarem da fraude, cinqüenta e dois já estavam cursando medicina e correm o risco de serem expulso da faculdade. Mas, mesmo que continuem o curso, todos irão responder na justiça por fraude. Imaginem só que tipo de médicos seriam esses? Mas num pais do “jeitinho” onde é mais fácil burlar a conduta do mérito do próprio esforço, tem sido cada vez mais freqüente esse tipo de coisa.
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BlastingNews