Então, Maria Júlia foi encontrada pela Guarda Municipal às margens da Raposo Tavares, em Piracicaba, implorando por ajuda. Ela disse aos que acabara de ser liberada pelos sequestradores.

Os guardas a conduziram até a DIG (Delegacia de Investigações Gerais).

Maria Júlia começou, então, o seu depoimento, mas os policiais, que já suspeitavam de tudo, começou a perguntar mais coisas. Foi aí que a menina caiu em contradição. Não podendo sustentar a mentira, ela por fim confessou: o sequestro era uma farsa.

O delegado disse também que algumas das mensagens enviadas ao celular da mãe, exigindo o dinheiro do resgate em troca da vida, foram digitadas pela própria filha.

A jovem, maior de idade, fez uma falsa comunicação de sequestro, o que por lei configura #Estelionato (Título II, Capítulo VI, Artigo 171). O plano arquitetado por Maria Júlia e seu namorado revelam, para a angústia da mãe, o quanto as más companhias mudam a pessoa e também o caráter.

Um caso recente que relatamos aqui mostrou como o jornalista e editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner, salvou a mãe de Fátima Bernardes de um golpe de falso sequestro.

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