Falta um mês para o Enem 2017; veja 5 dicas de preparação
A contagem regressiva para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 começou. Faltam 30 dias para a primeira prova que será aplicada no dia 5 de novembro. O G1 ouviu especialistas que deram quatro dicas sobre o que fazer nesta reta final.
Pela primeira vez na história, o exame será aplicado em dois domingos: 5 e 12 de novembro. Agora as disciplinas serão separadas basicamente entre a área de humanas e exatas. No dia 5, os candidatos respondem a questões de linguagens, ciências humanas e redação, com cinco horas e meia de duração. No dia 12, será a vez de matemática e ciências da natureza, com quatro horas e meia de duração.
Confira as dicas para o Enem:
1- Esqueça os conteúdos mais difíceis
Este é o momento de rever os assuntos fáceis, esquecer os difíceis e investir nos medianos, segundo o Tony Manzi, coordenador do cursinho Maximize.
Como o Enem usa a metodologia da Teoria de Reposta ao Item (TRI), é fundamental que o candidato acerte as questões fáceis para garantir uma boa pontuação, caso tenha um bom volume de acertos, à medida que evolui o grau de dificuldade das perguntas.
“O aluno não vai conseguir aprender em um mês os assuntos em que ele tem mais dificuldade. Agora é focar no mediano para melhorar e angariar mais pontos na prova, sem esquecer os assuntos mais fáceis.” – Tony Manzi
2- Foque nos temas que mais caem
Para facilitar a vida do aluno, o professor elenca abaixo os temas de cada disciplina que apareceram mais no Enem nos últimos anos:
- Matemática: razão, regra de três, porcentagem e juros e probabilidade;
- Linguagens: modernismo e um pouco de romantismo (em literatura), e figuras de linguagens (em português);
- História: Era Vargas, Ditadura e movimentos sociais;
- Geografia: cidadania, poder, urbanização, agricultura e os problemas ambientais;
- Física: ondas, energia, consumo sustentável, cinemática;
- Química: nomenclatura de hidrocarboneto e funções orgânicas, calculo estequiométrico;
- Biologia: cadeia alimentar, ecossistema brasileiro (manguezal, caatinga, cerrado), poluição de água e solo, fisiologia humana (vacina e soro), genética e reprodução, e biotecnologia.
3- Faça simulados
Nestes 30 dias é possível fazer muitos simulados. Há opções digitais disponíveis na internet, em apostilas impressas e em algumas escolas que aplicam a prova como se fosse oficial, respeitando as mesmas regras.
Ademar Celedônio, professor de matemática do Sistema Ari de Sá, lembra que o mais importante dos simulados é o exercício do treino, e não, o resultado em si.
Andrea Ramal, especialista em educação e colunista do G1, recomenda que os candidatos façam pelo menos um simulado por semana, levando a questão a sério. “É para treinar como se fosse para valer: pegar uma prova de um Enem anterior e ficar lá quatro horas, cinco horas fazendo, preparar o seu lanchinho como se fosse no dia, só parar para ir no banheiro.”
Segundo ela, o treino dá experiência aos estudantes. “Além de uma prova de conteúdo, o Enem é uma prova de resistência. Quanto mais preparado o candidato estiver, tanto fisicamente quanto psicologicamente, melhor.”
Celedônio, do Ari de Sá, e Bruno Ramos, diretor do Colégio Pitágoras, também recomendam que os alunos refaçam as provas anteriores do Enem. Por mais que neste ano, pela primeira vez, ele será aplicado em dois domingos e houve mudança sobre a separação das disciplinas, o modelo deve ser mantido.
“Fazer provas anteriores é bem interessante em qualquer tipo de exame. Mas é importante que o aluno resolva como se fosse real, até para medir o tempo que vai levar.” – Bruno Ramos.
Ele lembra que, nesta reta, final é muito comum o aluno se sentir inseguro, por isso, ao responder as provas antigas, ele vai perceber que muitos conteúdos se repetem e vai adquirindo mais confiança. Ao fazer provas de edições passadas, Andrea recomenda que os alunos confiram as respostas nos gabaritos oficiais e busquem videoaulas e programas on-line que explicam a resolução das questões que eles erraram.
4- Pelo menos duas redações por semana
Andrea também recomenda que os candidatos não se esqueçam da prova de redação, e que façam pelo menos duas redações por semana até o dia 5 de novembro.
“Redação também é prática: quanto mais vocês escreve, mais facilidade você tem.” – Andrea Ramal
Ela diz que outra dica importante é ficar de olho nos principais acontecimentos e as questões que atualmente têm mobilizado a sociedade, não só para saber os fatos mais recentes, mas também para desenvolver uma “visão crítica” sobre o assunto, entendo as causas e consequências deles.
Daqui até o dia do Enem, a especialista recomenda que os estudantes desenvolvam uma ideia clara sobre qual é a proposta da redação, mas que evitem usar “receitas de redação”, para não cair em um lugar comum e acabar perdendo pontos na nota. “Um dos pontos que é analisado na redação é a própria criatividade, a originalidade, a autoria”, explica ela.
“Se o candidato se sente confortável com citações, que escolha aquelas que realmente façam sentido para o tema que está sendo debatido.” Ela dá como exemplo usar uma frase de Simone de Beauvoir na redação com tema sobre violência contra a mulher. “Nesse caso, faz todo o sentido. Mas cair uma frase de paraquedas não vai trazer uma nota boa. Só se ela tiver realmente a ver com o tema.”
5- Cuide do emocional
A preparação para o Enem é um processo que começa junto com o ensino médio. É estressante, na maioria das vezes, por isso, é essencial que o candidato mescle os períodos de estudos com atividades de lazer, prática de esporte e descanso.
A dica do professor Bruno Ramos é que a uma semana do Enem, o aluno diminua o ritmo dos estudos e cuide do lado emocional. “Por enquanto não, porque ainda faltam 30 dias, mas quando faltar uma semana é hora de desacelerar, fazer atividade física para controlar o estressar. É uma preparação de um ano todo, é preciso cuidar do emocional.”
Ter confiança na preparação anterior também ajuda no lado emocional, segundo o professor Celedônio, incluindo para quem vai fazer a prova pela primeira vez. Ele reforça que o Enem é um exame que cobra habilidades e competência com questões que abordam o cotidiano. Por isso, para os estreantes, é fundamental ter contato com as provas já aplicadas para entender seu modelo e a forma como os conteúdos são cobrados.
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Fonte: G1