“Queria que isso tudo fosse um pesadelo”, diz jovem bonfinense que acusa homem de estupro em boate em Jacobina

Caso ocorreu na noite do último domingo (31), véspera do ano novo.

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Eu só queria que isso tudo fosse um pesadelo, que tudo isso acabasse“. Este foi o desabafo da jovem de 18 anos, moradora de Senhor do Bonfim, que denunciou ter sido vítima de estupro em uma boate de Jacobina, no último domingo (31).

Um homem de 34 anos, identificado como Marcus Machado, foi preso suspeito do crime. Ele negou à polícia que tenha estuprado a jovem e afirma que a relação sexual foi consensual. Uma audiência de custódia prevista para a terça-feira (2) não aconteceu porque o Judiciário ainda está em recesso.

A vítima, que preferiu não se identificar, disse que tinha ido ao banheiro da boate e, quando voltou, não encontrou os amigos. “Eu vi que meus amigos tinham falado com o Marcus. Então ele era um conhecido e poderia me ajudar a encontrá-los. E aí eu fui com ele porque, para mim, Marcus não parecia alguém que fosse me machucar“, contou a jovem.

E quando chegou num beco escuro, que eu acreditava que fosse uma saída, ele me empurrou na parede, ele segurou os meus braços e eu só conseguia ficar em choque. Eu só queria que aquilo tudo acabasse“, destacou.

Na clínica particular onde foi atendida e examinada, em Senhor do Bonfim, a médica atesta que a jovem chegou à unidade com “rompimento himenal muito forte, com hematomas e fissuras rasas e profundas“.

A defesa do suspeito informou que só vai se pronunciar após a conclusão do inquérito. A direção da boate onde o crime ocorreu publicou nota em redes sociais informando que vai colaborar com as investigações da polícia.

Em nota, o MP-BA informou que as apurações realizadas pela Polícia Civil e complementadas pelo Ministério Público Estadual identificaram provas e indícios suficientes de autoria e materialidade delitivas.

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Roupas ensanguentadas
As roupas com marcas de sangue usadas pela jovem de 18 anos que acusa o homem de estupro não foram recolhidas para serem periciadas pela polícia. A informação foi divulgada pelo advogado dela, Pedro Cordeiro, que acredita que isso pode prejudicar as investigações.

Eu não entendi porque esses objetos não foram recolhidos pela autoridade policial e ter remetido à perícia técnica para chegar à verdade real. Então é um dos fundamentos que mandamos petição ao Ministério Público para que se faça averiguação e se chegue a esses fatos”, diz o advogado.

O delegado que apura o caso disse que as roupas ainda podem ser levadas para ser periciadas. O Ministério Público Estadual disse também que orientou familiares da nova vítima a entregarem as roupas usadas por ela no dia do ocorrido para realização de perícia, o que já foi feito.

O advogado da jovem que acusa o homem de estupro, Pedro Cordeiro, disse que uma decisão da comarca de Jacobina converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. “Ao entender do juiz, ele vai ter o tempo que durar o processo e pode ir até a condenação, com ele preso”, afirma o defensor.

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G1/BA