Colunista Eudes Benício: “Bora parar com o chororô?”
Bora parar com o chororô?
Lamúria, lamento, queixa, reclamação. O neto mais conhecido de Antônio Carlos Magalhães mandou parar. Ficou (in)quieto enquanto os aliados bradavam “decepcionados” a sua desistência à candidatura a governador, mas agora Netinho já avisou para virarem a página. Já deu e não vai mais ouvir calado. E o recado é bem direcionado aos mais “reclamosos”, entre os quais se inclui o deputado federal campoformosense Elmar Nascimento.
Melhor mesmo Elmar e correligionários ouvirem o conselho, ou a ordem, do amado e amante prefeito de Salvador. A campanha será curta e é muito pouco também o tempo até a oposição se refazer de suas decepções e reprogramar suas estratégias para não endossar o “W.O” cada vez mais presente no vocabulário da crescente base do governador e candidato à reeleição Rui Costa.
Mesmo sendo do mesmo democratas que Neto e Zé Ronaldo, Elmar deixou clara sua opinião sobre o lançamento da candidatura do prefeito de Feira de Santana para o Governo do Estado, com declarado apoio de ACM Neto. “(Neto) anunciou Zé Ronaldo como candidato sem consultar os demais partidos de sua base”, disse o deputado em recente entrevista à Rádio Metrópole, em Salvador.
Além do morde e assopra ao comentar a decisão de Neto, Elmar flertou com a soberba, não só por se mostrar bastante seguro de sua reeleição, inclusive, segundo ele, com muito mais prefeitos a seu lado do que na eleição de 2014. O ápice foi se colocar ao nível de um chefe do executivo estadual ao dizer que os prefeitos que estão com ele “não precisam do governador”. Vai dizer isso a eles, deputado…
Elmar é só um dos. A verdade é que Tucanos e Democratas baianos precisam se entender o mais rápido possível. Sem Neto na cabeça de chapa, a “decepção”, ao invés de agregar, espalhou os dois lados mais fortes da oposição com a anunciada candidatura de Zé Ronaldo (DEM) e a possível candidatura de João Gualberto (PSBD). Ou se entendem rapidinho, ou a promessa é de mais chororô em outubro, e, se assim for, não vai ter quem console.
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Por Eudes Benício