Exposição Síntese em Campo Formoso-BA: OBRAS do Artista Visual Ronald Borges Júnior

thumbnail_Fotografia Capa 2

“Síntese” é a primeira exposição individual do artista visual de 20 anos Ronald Borges Júnior, exposição que está reunindo obras desenvolvidas durante dois anos de trabalho, relacionada à cultura Afro Brasileira e a temas sociais polêmicos como: Censura, Racismo, Preconceito, Violência e Opressão.

Iniciada no dia 04 de março deste ano começou talvez não só uma exposição de Arte comum de um artista desconhecido. Ronald, artista de apenas 20 anos de idade começou uma revolução Cultural em Campo Formoso, cidade interiorana que deverá receber mais de quatro eventos grandes pelo mesmo artista durante o ano de 2018. Revolução que já desperta olhares do mundo, com influencias de Mário Cravo Neto, Jean Michel Basquiat e Christian Zucconi já despertou grande interesse de vários galeristas e professores de Artes visuais da (UFBA) os quais estenderam o convite para que o jovem artista mostre seu trabalho na capital baiana e na Itália, outros artistas de renome internacional foram despertados pelo talento do artista e também interagem com Ronald para que o mesmo inicie outros trabalhos fora do Brasil.

Confira aqui as fotografias do evento que iniciou em 04 de março e vai até 12 de abril de 2018:

A italiana Silvia Parodi viajou quase 10 mil quilômetros da Itália para o Brasil, especialmente para a abertura da exposição de Ronald Borges.

1

Assim como outros amantes da arte, o empresário do seguimento de Informática, José Carlos Xavier deslocou-se de Salvador apenas para prestigiar o evento e pleitear a aquisição de um dos quadros.

2

O deputado Adolfo Menezes e a Prefeita Rose Menezes que juntos tem elaborado projetos e buscado recursos para serem investidos nas áreas culturais de Campo Formoso, como é o caso do centro Cultural e a Fonte da Antonica, estiveram presentes no evento.

3

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Formoso, Hélio Alves esteve no evento e afirmou que esta é uma revolução Cultural que se inicia e encoraja a vários artistas de Campo Formoso a seguirem no mesmo caminho.

4

O Artista David Pimentel de Campo Formoso, um dos incentivadores de Ronald Borges, também esteve presente na abertura da exposição falou sobre sua satisfação em poder presenciar o início de tudo.

5

O artista Welton Borges, tio de Ronald Borges participou da elaboração do projeto, também produz artes com várias matérias primas encontradas na natureza, e é um dos incentivadores do artista Ronald Borges.

6

Estudantes do IENSF Campo Formoso visitaram a Exposição Síntese, o Espaço Mãe Zuza/Campo Formoso-BA ficou apertado para o entusiasmo e satisfação de professores e estudantes.

7

Todas as outras Fotografias dos dias da exposição você vai encontrar na pagina do Espaço Mãe Zuza:

Visite a Exposição Síntese, a entrada é gratuita para jovens e a população em geral do município de Campo Formoso e outros municípios! Para o encerramento no dia 12 de abril, estão sendo esperados músicos da região: grupo Repartição de Hip Hop e o músico Ruan Karvalho que irão abrilhantar este momento, além de outras atrações.

1ca915a1-15e0-45ef-9e34-0050e68e3deb

Conheça um pouco sobre o artista Ronald Borges Júnior:

thumbnail_Fotografia BiografiaNascido em 27 de setembro de 1997 de Origem Nordestina – Indígena filho de Ronaldo Borges e Mayta Trajano, desde cedo mostrava aptidão para arte esboçando uma forma de desenho tosco nos seus cadernos da escola e criando os brinquedos aos quais não podia ter. Mas foi através da música que tudo iniciou, muito influenciado por sua avó Beatriz Borges com música nordestina (Forró) e contos de cordéis, cantarolava na cozinha formando uma dupla nordestina em família.  Logo aos 12 anos, começou a desenvolver estudos no violão sempre de forma autodidata contou com ajuda de seu amigo Ruan Karvalho no processo de desenvolvimento de melodias compôs suas primeiras letras escritas nas quais já havia uma grande preocupação com o modo social da sua cidade se organizar, sua composição chamada por ele de “Somos ratos” é uma crítica muito forte na qual é imposta no refrão “Somos bichos também, de uma espécie inferior, fazemos tudo errado, comparados então com ratos”. Essa forma de analogia veio logo após alguns debates e envolvimento com o movimento de rua (Hip Hop), o que mudou seu modo de pensar mais precisamente aos 16 anos (2013) quando ouviu a primeira vez “Não existe amor em SP” do artista Criolo, foi que percebeu o quanto se identificava com aquela forma de linguagem informando que as pessoas precisavam refletir sobre questões como um bem social, o amor ao próximo e a própria questão da inclusão e opressão social existente no Brasil. Apaixonado pela literatura marginal uma forma bastante compreensível para o que estava acontecendo na sua vida, a ouvir e estudar letras de nomes como: MV Bill, Emicida, Cartola, Clementina de Jesus, Criolo entre outros.

Aos 17, 18 anos visitou museus de Arte Moderna e Contemporânea em Salvador, porém foi no “Palacete das Artes” (UFBA) que encontrou uma porta que mudaria sua trajetória, foi quando conheceu a Professora Margareth Abreu umas das coordenadoras da exposição que acontecia no palacete, apaixonada por arte, lhe influenciou fortemente na apresentação de grandes referências artísticas e no direcionamento de seus trabalhos.

Assim, Ronald iniciou a desenvolver um trabalho na pintura voltado a catalisar o que já passava através de suas composições e na busca de encontrar um traço próprio seu.  Influenciado por Jean Michel Basquiat, Otto Dix e os Gêmeos sua pintura começou a apresentar como abordagem: temas sociais, relacionado à cultura Afro-Brasileira e nordestina.

Logo, percebeu que precisava expandir seus conhecimentos e técnicas, foi quando conheceu o Artista e seu amigo David Pimentel, o qual o mostrou técnicas de como fazer suas próprias telas, sempre fascinado pelas telas enormes de Jackson Pollock e Basquiat se apropriou das dimensões utilizando diferentes suportes como: madeira e telas. Estudou muito e trabalhou arduamente até se deparar com a solidão e a clareza se sentindo tão frágil quanto uma criança inocente.  Foi então, que em 2016 surge a necessidade de ampliar sua forma de expressão, decidiu tirar fotografias como forma de conhecer diferentes culturas e tipos sociais, nascia o projeto chamado por ele de “Enigmas nordestinos” no qual mostraria pontos do Nordeste a serem estudados e vistos pelo público, nesse meio tempo despertou o interesse de expandir mais a questão do visual concreto, ou seja, reproduzir suas pinturas em três dimensões (Esculturas) com fortes influências de Christian Zucconi, Os Gêmeos e Alberto Giacometti, criou esculturas em Papel reciclado, madeira, arame, parafina e gesso.

.

Redação Campo Formoso Noticias