Família procura na Bahia médica capixaba desaparecida há uma semana
Caminhoneiro ligou para a família e disse que deu carona à cardiologista entre Planalto e Poções
As polícias Civil, Militar e Rodoviária da Bahia e Espírito Santo somam esforços para encontrar a médica cardiologista Jaqueline Colodetti, 50 anos, divorciada e mãe de três filhos adolescentes, desaparecida desde o dia 3 de abril.
A última notícia sobre a médica foi na noite de domingo (8), quando um caminhoneiro ligou para a família, informando que tinha dado carona à cardiologista, entre as cidades de Planalto e Poções, no Sudoeste da Bahia.
Uma distância de 870 quilômetros separa a cidade baiana de Planalto e Santa Leopoldina (ES), onde a médica realizou atendimentos dia 3 e deveria estar às 14h numa clínica em Cariacica, onde mora.
Última imagem de Jaqueline antes do desaparecimento (Foto: Divulgação/Acervo Pessoal)
Mas no meio do caminho, próximo a uma ponte a 30 km de Santa Leopoldina, ela parou o carro, um Kia Sportage, e ficou dentro dele por cerca de duas horas, entre as 14h e 16h, conforme relato de um homem que mora próximo à ponte.
A Polícia Civil capixaba e a família ainda buscam uma razão para o desaparecimento da médica, que deixou todos os pertences no carro – ela saiu somente com a roupa do corpo. Durante a semana passada, Jaqueline teria sido vista andando pela BR-262, com um pedaço de pau na mão, informa a família.
Sobre a carona na Bahia, a família disse que não conseguiu localizar nenhuma imagem que possa auxiliar na identificação de que se foi mesmo Jaqueline que pegou carona com o motorista de caminhão.
No entanto, o caminhoneiro informou que ela disse que era médica e mãe de três filhos. Um grupo de oito pessoas, entre familiares e amigos, foi para Poções, onde espalharam cartazes em postos de gasolina e restaurantes na rodovia.
“A carona ocorreu na sexta-feira (6), mas só ficamos sabendo no domingo, quando o caminhoneiro nos ligou. Ele não sabia que Jaqueline estava desaparecida”, contou a também médica cardiologista Raíza Colodetti, 29, sobrinha de Jaqueline.
“O caminhoneiro nos disse que ela falou que era médica, e que estava nervosa, preocupada se alguém estava olhando para ela, procurando algo. Depois ela desceu do caminhão próximo a um posto em Poções”, completa.
Desde então, a família tem recebido informações não confiáveis sobre o paradeiro da médica, que está divorciada há cinco anos e não vinha relatando problemas emocionais por motivo qualquer.
“Temos psicólogos na família, gente que poderia saber de algo, mas ninguém sabe o que pode ter ocorrido com ela. Acreditamos que ela teve algum ‘piripaque’ na cabeça e sumiu, talvez por estresse do trabalho”, comentou Raíza.
A médica Jaqueline quando sumiu usava uma blusa marrom, calça jeans e tênis. A família acredita que ela esteja pegando carona sempre em sentido norte. Informações sobre o paradeiro da médica podem ser fornecidas à família por meio dos telefones (todos com DDD 27) 99989 3396, 99909 1524 e 99973 8953.
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