Empresário na Bahia é alvo de operação da PF que prendeu ex-governador do Paraná

Polícia apreendeu documentos em imóveis de José Maria Muller

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Ligado ao ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), o empresário José Maria Muller, da Tucumann Engenharia e Empreendimentos, foi o alvo da Operação Piloto, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (11), em Salvador. A Polícia Federal (PF) esteve no apartamento do empresário no Edifício Victoria Tower, no Corredor da Vitória, em uma casa dele na Praia do Forte e na sua residência em Curitiba. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências do empresário.

Documentos e computadores foram levados para a sede da PF em Salvador, no bairro do Comércio. Zé Maria é sócio de Salomão Soifer, presidente do Grupo Soifer, que atua basicamente no setor de shopping center, engenharia, serviços portuários comuns, concessões de rodovias e turismo.  A ação faz parte da operação Lava Jato que teve atuações na Bahia, São Paulo e Paraná.

O objetivo é investigar o envolvimento de funcionários públicos e empresários com a empreiteira Odebrecht no favorecimento de licitação para obras na rodovia estadual PR-323.

Um dos alvos da operação, o ex-governador do Paraná Beto Richa foi preso. Também foram presos a esposa dele, Fernanda Richa, o irmão Pepe Richa, ex-chefe de gabinete do ex-governador Deonilson Roldo, ex-secretário de cerimonial de Beto Richa Ezequias Moreira, e Luiz Abib Antoun, parente do ex-governador.

Operação
Cerca de 180 policiais federais cumprem 36 ordens judiciais de busca e apreensão, de prisão preventiva e também prisão temporária em Salvador, São Paulo, Lupianópolis, Colombo e Curitiba – estas três últimas cidades no Paraná. Eles apuram denúncias de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Um dos alvos da operação é o ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa.

As irregularidades teriam ocorrido em 2014 e envolvem o chamado Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht para beneficiar agentes públicos e privados no Paraná.

Em contrapartida, a construtora seria favorecida no processo de licitação para duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada.

O nome de Operação Piloto remete ao codinome atribuído pelo Grupo Odebrecht em seus controles de repasses de pagamentos indevidos a investigados nesta ação policial. Os detidos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Em outra operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também deflagrada na manhã de hoje, os policiais cumpriram mandados de prisão em uma investigação sobre o programa Patrulha Rural.

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