De motorista de Uber a entregador, baiano supera dificuldades e lidera ranking mundial de Jiu-Jitsu

De motorista de Uber a entregador, Sergio Rios se divide em diferentes trabalhos para conseguir se manter nos Estados Unidos

SergioRios_divulgacao1

Do interior da Bahia para o ponto mais alto do ranking mundial de Jiu-Jitsu. O campoformosense Sergio Rios, conhecido como Sergio Pichilinga, é o nome a ser batido no ranking da principal divisão da UAEJJF, a Federação de Jiu-Jitsu dos Emirados Árabes Unidos. O ranking é um dos mais disputados de todo o planeta e reúne atletas de alto nível, com representantes de países dos cinco continentes. O feito inédito na vida do faixa preta se consolidou após vencer quatro torneios seguidos nas últimas semanas, todos disputados na Europa.

SergioRios_divulgacao7Isolado na ponta, com 620 pontos, Sergio abriu 160 pontos de vantagem para o segundo colocado no ranking, o atleta Antonio Junior, radicado no Reino Unido. Para o terceiro colocado, o australiano Dean Liebenberg, a vantagem do brasileiro é ainda mais ampla, 340 pontos. Na atual temporada, Sergio já disputou 22 lutas, vencendo 18 delas. Durante o mês de outubro de 2018 disputou quatro competições: duas em Portugal, uma na Alemanha e encerrou a sequência na Grécia, no último dia 27, faturando a medalha de ouro em todas.

Natural de Campo Formoso, cidade do norte baiano, a cerca de 400km de Salvador, Sergio Pichilinga tem 30 anos, mais da metade deles dedicados às lutas. Desde 2015 vive nos Estados Unidos, na cidade de San Diego, no estado da Califórnia. Se mudou pra lá a convite de um de seus professores e incentivadores e superou as dificuldades financeiras e com a nova língua para se estabelecer em território norte-americano. Também é lutador profissional de MMA, com um cartel de oito vitórias e três derrotas, mas ultimamente tem se dedicado às disputas no Jiu-Jitsu, modalidade na qual iniciou sua carreira no mundo da luta, ainda em tatames campoformosenses.

SergioRios_divulgacao6

Vida de lutas

Assim como diante de seus adversários, o baiano que ganhou o mundo precisou derrubar outros obstáculos. Os treinos acontecem duas vezes ao dia, de segunda a sexta, mas é preciso dividir o tempo também com os trabalhos em uma empresa de entregas, como motorista de Uber, professor de jiu-jitsu e ainda alguns “extras” como segurança em alguns finais de semana. “São trabalhos bem flexíveis, que não atrapalham tanto em meus treinamentos e desse jeito consigo o dinheiro de pagar as contas do dia-a-dia”, explica o lutador. O dinheiro que consegue juntar serve ainda para garantir ao menos uma vez por ano o retorno à terra natal, para rever amigos e familiares em Campo Formoso.

Ainda este ano Sergio retorna ao Brasil para a disputa brasileira do Grand Slam, que acontecerá no Rio de Janeiro, entre os dias 16 e 18 de novembro. A temporada segue até 2019 e se encerra em abril, com o Campeonato Mundial, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Além de poder fechar a temporada como líder do ranking, o baiano poderá também se tornar campeão mundial de Jiu-Jitsu.

SergioRios_divulgacao3

SergioRios_bandeiraCampoFormoso

.

Assessoria de Imprensa do Lutador