Produção de soja na Bahia deve cair 15,7% em 2019, diz IBGE

Número é inferior a este ano quando o estado teve produção recorde

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A produção de soja no estado da Bahia deve cair 15,4% em 2019, em relação à colheita da safra em 2018. No próximo ano, o setor agrícola estima um resultado de 5,3 milhões de toneladas – o que significa quase 900 mil toneladas a menos em comparação a este ano. Os números são de um prognóstico nacional realizado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (8).

Confirmando o prognóstico, dentre os principais estados produtores de soja do país, a Bahia deverá ter a maior redução percentual na safra do grão. De acordo com especialistas do IBGE, a baixa no estado se deve à previsão de redução de 17,8% no rendimento médio das lavouras de soja no estado, associada às incertezas climáticas.

grafico_soja_prog19Setor agrícola estima um resultado de 5,3 milhões de toneladas, ou que significa
quase 900 mil toneladas a menos (Foto: Divulgação/IBGE)

Em contrapartida, em 2018, os produtores da região conhecida como “MATOPIBA” (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), foram beneficiados pelo clima mais chuvoso, mas não há garantia de que isso se repita em 2019.

Em todo o Brasil, no próximo ano, a produção da soja será de 116,6 milhões de toneladas, com recuo de 1,0%. A área a ser plantada com a leguminosa está prevista em 35,3 milhões de hectares (+1,1%). Já o rendimento médio estimado deverá ser de 3.303 kg/ha (-2,3%).

Grãos
Já o prognóstico de cereais, leguminosas e oleaginosas  como um todo, prevê uma produção de 226,7 milhões de toneladas, 0,2% menor que a de 2018. Deve haver recuo em quase todas as regiões: Norte (-0,3%), Nordeste (-8,8%), Sudeste (-1,9%) e Centro-Oeste (-1,4%). Apenas no Sul, até o momento, espera-se crescimento de 4,1%.

Dos cinco produtos de maior importância, em termos nacionais, três devem ter quedas na produção, em relação a este ano: algodão (-2,8%), arroz (-4,2%) e soja (-1,0%). Com variações positivas estão o feijão (0,3%) e o milho (2,6%).

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