Contratações no Brasil para festas de final de ano devem crescer 45% em 2019/2020
Com a economia em alta, o mercado de trabalho para as festas de final de ano deve estar mais aquecido em 2019. A expectativa é de um aumento de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior onde o número de contratações temporárias chegou a 108 mil no fim de 2018, segundo apresentado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
O educador financeiro e professor do curso de Administração da Universidade UNG, Carlos Darienzo explicou que existem alguns fatores importantes que vão ser decisivos para o aquecimento das contratações nesse período de final de ano. Dentre as explicações para o possível aumento de pessoas contratadas para as festas de fim de ano, observa-se a queda das taxas de juros.
“Some-se a isso, os pagamentos de parcelas do FGTS que ainda ocorrerão nos próximos meses, para incentivar o aumento do consumo de bens e serviços natalinos, é possível, de fato, haver certo crescimento na contratação de mais trabalhadores temporários. Outro aspecto é o câmbio, sobretudo o Dólar, está relativamente valorizado em relação ao Real, o que encarece os produtos natalinos importados, favorecendo assim, os produtos nacionais”, explicou.
O professor também explica que existe uma possibilidade de efetivação do trabalhador em uma nova estrutura salarial. “A efetivação do trabalhador ocorrerá em um cenário de troca de estrutura salarial no setor de comércio e serviços, troca-se um salário maior por outro menor. Face ao desemprego estrutural no país, o cenário de curto prazo é pouco animador para efetivações duradouras tanto no comércio quanto na indústria. Tradicionalmente, o início do ano costuma ser utilizado para fazer promoções de estoques formados para as festas de fim de ano, que não foram vendidos, isso faz diminuir a produção de novos produtos, diminui a contratação de mão de obra. Como o trabalhador pode conseguir uma vaga? Qualificando-se com cursos de curta duração, por exemplo, cursos sobre atendimento ao público, gestão básica de custos e gerenciamento de serviços”.
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Matéria produzida pelo portal Bahia Econômica