Alerta: Distribuidoras não repassam queda no preço dos combustíveis nas refinarias
Foto: Jeff Pachoud/AFP reprodução
Em meio ao embate entre o presidente Jair Bolsonaro e os governos estaduais sobre as alíquotas de impostos cobradas sobre os combustíveis, a Petrobras anunciou nesta quarta-feira (5) o quarto corte no preço da gasolina e diesel deste ano. Com isso, a partir desta quinta-feira (6), os preços dos combustíveis nas refinarias terão corte de 4,3% e 4,4%, respectivamente.
Como o valor cobrado pelas refinarias da Petrobras representa cerca de 30% do preço final da gasolina e 50% no caso do diesel, o repasse ao consumidor depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras.
De acordo com empresários do setor, o grande problema se dá pela falta de repasse das distribuidoras quando os preços caem na refinaria. Para se ter uma ideia, mesmo com as quatro reduções anunciadas pela Petrobras em 2020, o preço médio do litro da gasolina comercializado nos postos no estado, apurado pela ANP, variou entre R$ 4,46, na primeira semana de janeiro, a R$ 4,47, na semana que encerrou no dia 1° deste mês.
A reportagem entrou em contato com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), que representa, em nível nacional, as principais companhias distribuidoras. Porém, a entidade não se posicionou sobre o tema até o fechamento desta edição.
Levantamento
Contudo, em uma breve pesquisa no site da ANP, que além de apurar o preço nas bombas, faz o levantamento semanal do valor de venda das distribuidoras, enquanto a média de reajuste negativo nas refinarias é de 11,2% e 13,7% para gasolina e diesel, respectivamente, o valor do litro comercializado pelas distribuidoras aos postos é bem inferior. Em Pernambuco, por exemplo, nesse período de referência, teve uma redução de 1,17%, saindo de R$4,26 no começo do ano para R$ 4,21, na sondagem divulgada na última segunda pela agência. (Fonte: Folha de PE)
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Carlos Britto