Cientista afirma que população ainda sofrerá ‘um ou dois anos’ com a pandemia do coronavírus
Autor do best-seller ‘As regras do contágio’, Adam Kucharski acredita que, a longo prazo, vírus terá o impacto reduzido como o de um resfriado comum
Autor de livro sobre contágio de vírus afirma que evolução da ciência permite maior refinamento nas políticas de isolamento social Foto: Hermes de Paula
As primeiras vacinas contra o coronavírus podem surgir ainda este ano ou no começo de 2021, mas dificilmente darão uma proteção a longo prazo. Até o desenvolvimento da imunização ideal, um trabalho que pode durar mais “um ou dois anos”, a população deve se acostumar a ver seu cotidiano afetado pela pandemia. Esta é a opinião do epidemiologista britânico Adam Kucharski, autor do best-seller internacional “As regras do contágio” (Record).
Kucharski destaca como a facilidade de transmissão do Sars-CoV-2, que pode ser feito até por pessoas saudáveis, contribuiu para sua disseminação mundial. Seus dados genéticos permitiram aos cientistas descobriram como e quando ele entrou em cada região do planeta. Novos estudos também revisaram o comportamento adotado diante de um surto. Um lockdown extenso, visto como estratégia ideal meses atrás, não tem mais a mesma força: “Não se trata apenas de manter uma determinada distância. O que conta é se o local é fechado, com quem você interage”, diz. Para o epidemiologista, novas pesquisas podem trazer uma vacina potente, que reduzirá o impacto do coronavírus ao de um simples resfriado.
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O Globo