Policiais da Bahia discordam de nova medida estadual para registrar operações

PMBA-policiais-militares-696x536(Foto: Reprodução)

Uma nova medida de registro de ocorrências policiais, determinada pelo Governo da Bahia, causou revolta na classe. A Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado (Aspra) acusa o governador Rui Costa de usar o comando da Polícia Militar da Bahia (PMBA) para pressionar a tropa com mais operações e números de abordagens, exigindo também que sejam enviadas fotos das operações e das pessoas abordadas para grupos de WhatsAapp, sendo suspeitos ou não.

Ser policial é uma profissão de risco, mas agora o risco foi potencializado com a pandemia, pois além de expor a tropa ao contágio, os policiais tornam-se vetores de transmissão ao cumprir as ordens ilegais do governador e comandante geral. Quem se nega é ameaçado com perseguição e transferências”, desabafou um policial, que preferiu não ser identificado.

Além das fotografias, o governo pede que vídeos sejam gravados com o objetivo de utilizá-los nas mídias sociais. O coordenador da Aspa, deputado Soldado Prisco, afirmou que o manual de abordagem da PMBA não fala sobre o policial ser responsável por fotos. “A ordem, além de ilegal, vai de encontro a própria doutrina da PMBA. Temos alertado ao Comando Geral e ao governador Rui Costa a esse respeito, mas infelizmente eles estão insensíveis a essa realidade”, declarou. Com a palavra, o Estado.

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Carlos Britto