Risco de reação adversa é menor em segunda dose da vacina AstraZeneca
Especialista da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica porque reações pós-vacina de Oxford parecem mais recorrentes.
A médica Flávia Bravo, membro da Comissão Técnica para Revisão dos Calendários Vacinais e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esclarece que as pessoas não devem deixar de tomar a segunda dose por medo das reações, uma vez que o incômodo é momentâneo, não deixa sequelas e deve ser mais brando nesta etapa da imunização.
Mas afinal, por que a vacina da AstraZeneca parece gerar mais reações adversas do que as demais disponíveis? A resposta pode estar na tecnologia usada pelos cientistas para desenvolver a fórmula do imunizante. A AstraZeneca e a Janssen utilizam a plataforma de vetor viral, com um vírus que simula uma infecção para ensinar o organismo a produzir anticorpos contra o ataque do novo coronavírus, mas sem causar a doença.
Com o organismo familiarizado com o vetor viral, é de se esperar que as reações após a segunda dose sejam mais leves, como mostram os estudos clínicos.
“Neste primeiro contato, (a vacina) é uma novidade muito grande para o nosso sistema imune, que vai produzir a defesa. Na segunda dose, o organismo consegue reconhecer aquele estímulo porque já fez a resposta primária, e a resposta secundária acontece de uma forma mais branda”, explica a médica da SBIm.
Reações adversas
Dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação, febre, calafrios, dor no corpo, sensação de doença e fadiga são os eventos adversos mais comuns, mas nem todos os vacinados os sentem.