Cidades perdem todas as vacinas na Bahia com enchentes
Governador da Bahia evita criticar Bolsonaro que em meio a enchentes foi para Santa Catarina
Enchente em Itajuipe, na Bahia, com bairros encobertos pela água Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS
O governador da Bahia, Rui Costa, disse nesta terça-feira que algumas cidades do estado perderam com a enchente todo o estoque de medicamentos e vacinas. Segundo o governador, há “milhares de pessoas desesperadas” porque perderam tudo, classificando a situação no estado como uma “tempestade perfeita”.
Costa afirmou que o estado está reforçando o abastecimento de medicamentos para cidades como Jucuruçu e Tororó, além de outras localidades, onde as secretarias municipais de saúde e depósitos de medicamentos ficaram alagados.
— É a tempestade perfeita. Nós temos um desastre natural e temos duas pandemias acontecendo ao mesmo tempo, a pandemia do coronavírus e essa do vírus da gripe que tem assolado o país inteiro e também a Bahia. E, por isso, é fundamental a atenção e atenção dos médicos — afirmou Costa em entrevista coletiva em Ilhéus, transmitida em redes sociais.
Citando não ser médico e nem especialista, o governador disse não saber sobre todas as endemias provocadas pelas enchentes, mas citou a doença provocada pelo “xixi do rato”, a leptospirose, que é comum em enchentes. Ainda de acordo com o governador, há um esforço do governo para repor os medicamentos e garantir o atendimento médico. Ele disse também contar com a ação de voluntários para dar assistência à população.
Para o governador, o ano de 2022 será de reconstrução. Ele destacou ser necessário elencar prioridades, sendo fundamental em um primeiro momento “refinar os números”. O governo estadual já decidiu que haverá um auxílio financeiro para as famílias atingidas pelas enchentes, mas o valor ainda será definido. O benefício vai ser executado dentro do programa Estado Solidário.
Rui Costa ressaltou também não ser possível ainda estipular quando as estradas serão recuperadas, justificando que é preciso avaliar a extensão dos prejuízos. Há também estradas federais interrompidas.
— A Bahia está devastada e ainda não é possível estipular prazo de quando as estradas vão ser recuperadas — disse, destacando que a recuperação agora é provisória.
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