PF em Juazeiro fecha cerco a quadrilha especializada em falsificar documentos e benefícios assistenciais

3Foto: PF/divulgação

A Polícia Federal (PF) em Juazeiro (BA) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (14), a Operação ‘Simulatum’. O objetivo é desarticular uma organização criminosa especializada na prática dos delitos de falsificação de documentos públicos – Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Identidade (RG), entre outros -, bem como diversas fraudes no Auxílio Brasil, FGTS (saque aniversário) e ao Auxílio Emergencial, os quais são pagos à parte da população mais carente do país.

Desde as primeiras horas da manhã, mais de 50 policiais federais, com a participação do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da SR/BA, cumprem sete mandados de prisão, sendo dois de prisão preventiva e cinco de prisão temporária, além de 10 de busca e apreensão, nos Estados da Bahia e Pernambuco, em razão da atuação perene da suposta Orcrim.

As investigações iniciaram a partir de uma série de prisões em flagrante de interpostas pessoas usadas pelo grupo criminoso a fim de realizarem saques de benefícios em nome de terceiros com documentos falsos, bem como o uso  destes em face de órgãos/entidades federais, a exemplo da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo as investigações, com as fraudes relacionadas à comercialização de CNH, estima-se que os suspeitos auferiram cerca de R$ 5 milhões. Quanto às fraudes aos benefícios assistenciais, o prejuízo calculado é de aproximadamente R$ 2 milhões.

Crimes

Os investigados responderão pela prática de Organização Criminosa (artigo 2º da Lei 12.850/13), Estelionato Majorado (artigo 171, parágrafo 3º), Falsidade de Documentos Públicos (artigo 197) e Uso de Documentos Falsos (artigo 304), cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de reclusão. A operação foi batizada Simulatum, expressão latina que significa “simulado”, à qual remete ao caráter fraudulento e intencional dos desvios de valores identificados no curso das investigações. A PF continuará a apuração na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta associação criminosa, bem como identificar outros integrantes.

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Carlos Britto