Avião que traria 290 kg de drogas para Petrolina era usado pelo tio de Damares Alves

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O avião apreendido pela Polícia Federal (PF) em Belém (PA) com 290 kg de skunk (maconha potencializada, conhecida como ‘supermaconha’) pertence à Igreja Quadrangular do Pará, que tem como líder espiritual e secretário executivo um tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O ex-deputado federal e pastor Josué Bengston estava como responsável pela aeronave recolhida pela Polícia Federal (PF) no aeroporto de Belém, na manhã do último sábado (27).

A inteligência da PF disse que o carregamento tinha como destino Petrolina.

A assessoria da senadora Damares Alves confirmou ao Metrópoles a ligação familiar com o pastor. Além de sobrinha de Josué, Damares chegou a trabalhar no gabinete do tio nos anos 1990, quando ele se elegeu deputado federal.

Em nota, a parlamentar destacou que a denúncia sobre a carga de drogas no avião foi feita pela própria Igreja Quadrangular.

A senadora Damares Alves confirma que o ex-deputado federal Josué Bengston é seu tio. Sobre a operação realizada pela Polícia Federal em Belém, nesse final de semana, a senadora tomou conhecimento hoje pela manhã, através da imprensa. Damares Alves entrou em contato com a família e foi informada que a denúncia à Polícia Federal sobre uma carga suspeita carregada na aeronave foi realizada pelos responsáveis pelo avião, ou seja, pela própria Igreja. Em seguida, a Polícia Federal assumiu o caso e tomou as medidas cabíveis”, informou.

Igreja

A Igreja Quandrangular-PA admitiu, em comunicado, ser a proprietária do avião apreendido pela PF. De acordo com a corporação, a maconha seria levada no avião monomotor para fora do Estado, mas, antes da decolagem, às 7h30, ocorreu o flagrante.

Durante a abordagem policial, o homem identificado como responsável pela carga tentou fugir, mas acabou preso. Segundo a PF, a droga ocupava todo o espaço disponível na aeronave, deixando livres somente os assentos do passageiro e do piloto. Detalhes do crime serão investigados a partir de inquérito aberto. (Fonte: Metrópoles)

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Carlos Britto
Foto: PF/Divulgação