Mercado ilegal de cigarros movimentou R$ 243 milhões em 2022, diz levantamento

cigarros

Um levantamento do instituto Ipec aponta que o mercado ilegal de cigarros em Pernambuco movimentou R$ 243 milhões em 2022. Segundo a pesquisa, vinculada ao Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), 29% do comércio de cigarros no estado é irregular.

O levantamento mostra, ainda, que o contrabando de cigarros causou, somente no ano passado, um prejuízo fiscal de aproximadamente R$ 71 milhões ao estado, considerando que, em situações de irregularidade, não há pagamento de encargos fiscais.

Já os cigarros falsificados, popularmente conhecidos como “cigarros paraguaios”, constituem 22% dos produtos do gênero comercializados em Pernambuco. Ainda, cinco entre as dez marcas de cigarros mais vendidas no estado são ilegais, apesar de serem constantemente comercializadas no varejo formal; são elas: Gift, Eight, Egipt, Record e Gift (nacional).

A análise do Ipec aponta, ainda, que Pernambuco é um estado-chave possui uma posição geográfica que facilita a distribuição de cargas vindas do Paraguai e de outros países que fazem fronteira com o Brasil, como Suriname. Além dos meios terrestres, cigarros têm sido contrabandeados por vias marítimas, com cargas sendo distribuídas a partir da região Nordeste.

Outra prática comum em Pernambuco, segundo a pesquisa, é a falsificação de produtos contrabandeados do Paraguai no próprio estado. Nos últimos sete meses, três fábricas clandestinas de cigarros foram descobertas em Pernambuco. Uma dessas fábricas, localizada no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), tinha capacidade de produção diária de dois milhões de cigarros falsificados e abastecia diversos pontos de comércio na RMR.

As outras duas fábricas clandestinas fechadas recentemente no estado estavam localizadas nos municípios de Caruaru e Pesqueira, ambas no agreste do estado.

A nível nacional, a pesquisa Ipec mostra que o mercado ilegal de cigarros causou ao país uma sonegação fiscal de R$ 8,3 bilhões somente em 2022. Se considerados os valores estimados nos últimos 11 anos, o prejuízo chega à casa dos R$ 94 bilhões.

.

Folha PE / Foto Sefaz PE