Inflação desacelera para todas as faixas de renda em junho, aponta Ipea
Parcela da população que viu um maior alívio inflacionário foi a de famílias de renda alta, com variação de 0,46% em maio para 0,04% em junho
Inflação desacelera para todas as faixas de renda em junho, aponta IpeaMark Makela
Houve desaceleração da inflação para todas as faixas de renda pesquisadas em junho em comparação com maio, conforme apontado pelo Indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) por Faixa de Renda.
A parcela da população que viu um maior alívio inflacionário foi a de famílias de renda alta. A variação mensal da inflação para elas foi de 0,46% em maio para 0,04% em junho.
Segundo análise em comunicado do Ipea, “as famílias de renda alta foram favorecidas pela queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo.”
Enquanto isso, as famílias de renda muito baixa viram a desaceleração da inflação passar de 0,48% em maio para 0,29% em junho.
Sobre os resultados de junho para essa parcela da população, o Ipea aponta que “além de não serem beneficiadas pela deflação das passagens aéreas, foram impactadas, em maior intensidade, pelo aumento dos preços dos alimentos no domicílio”.
Apesar disso, a parcela com renda muito baixa é a que apresenta menor variação acumulada nos últimos 12 meses, chegando a 3,66%. Enquanto isso, a parcela de renda alta, acumula o maior percentual para o período, de 4,79%.
Na comparação entre junho e maio, houve destaque também para a população de renda média, que viu a variação mensal da inflação passar de 0,45% no quinto mês para 0,19% no sexto mês do ano.
Pressão inflacionária
Segundo o Instituto, os principais focos de pressão inflacionária na comparação entre maio e junho para todas as rendas foram os grupos de alimentação e bebidas, e saúde e cuidados pessoais.
Apesar da deflação registrada para as frutas, com – 2,6%, as carnes, com – 0,47% e as aves e os ovos, com – 0,34%, houve impulsionamento pela alta do arroz, com 2,3%, dos tubérculos, com 2,0%, e dos leites e derivados, com 3,8%.
Com relação à classe de saúde e cuidados pessoais, houve impacto principalmente pelos reajustes dos preços dos produtos farmacêuticos, com 0,52%, e de higiene pessoal, com 0,77%.
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