Gusttavo Lima: polêmicas da prisão do cantor cita cachês milionários em cidades da Bahia e Pernambuco

A decretação de sua prisão na segunda-feira (24), cuja decisão foi revogada no dia seguinte, é mais uma polêmica a rechear a vida do sertanejo Gusttavo Lima, o embaixador, como é conhecido.

Investigações vinham apontando o cantor como integrante de uma organização que teria movimentado R$ 3 bilhões com jogos de azar on-line, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Antes, o artista já esteve no centro de críticas por conta de cachês milionários pagos por cidades pequenas, além de um outro caso que levou o seu nome à Justiça.

Gusttavo Lima teve a prisão decretada pela Justiça de Pernambuco na última segunda-feira (23), em uma decisão da juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), em processo que corre em sigilo.

O cantor vinha sendo apontado como integrante de uma organização que teria movimentado R$ 3 bilhões com jogos de azar on-line, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Em nota, o TJPE informou que, além das prisões, “foi determinada a indisponibilidade de bens dos envolvidos, visando garantir a reparação dos danos e a eficácia das medidas judiciais”. Além disso, a decisão mantém os decretos de prisão já expedidos anteriormente, incluindo o de Deolane.

Na terça-feira (24), entretanto, a ordem de prisão foi revogada. A decisão é do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, o mesmo que na noite de ontem acolheu um habeas corpus impetrado pela defesa de Darwin Filho, dono da Esportes da Sorte, e estendeu o benefício aos demais investigados que se encontravam presos, entre eles, a influenciadora Deolane Bezerra.

CACHÊS-No mesmo dia em que a sua prisão havia sido decretada pela Justiça, o cantor foi contratado pela prefeitura de Petrolândia (PE) para realizar um show pelo valor de R$ 1,1 milhão. Marcada para 2 de outubro, a apresentação faz parte da programação da Festa do Padroeiro, tradicional evento na cidade com pouco menos de 37 mil habitantes, às margens do Rio São Francisco, no interior de Pernambuco.

Em 2022, a contratação de Gusttavo Lima, com pagamento de cachê próximo ou acima de R$ 1 milhão por parte de prefeituras no país — sobretudo em cidades pequenas nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste —, foi alvo de investigações do Ministério Público em diferentes estados, entre os quais Minas Gerais, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e Roraima, com o objetivo de averiguar possíveis irregularidades nos acordos milionários.

Este ano no  São Joao 2024 a Prefeitura de Petrolina pagou cerca de R$900 mil ao cantor por apresentação.

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Redação redegn com informações O Globo