Frequência escolar cresce na BA, mas ainda não atinge metas do Plano Nacional de Educação
Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que a taxa de frequência escolar na Bahia cresceu em quase todas as faixas etárias nos últimos 22 anos, com destaque para as crianças de 0 a 3 anos (creche) e de 4 a 5 anos (pré-escola). No entanto, a presença de jovens de 18 a 24 anos em instituições de ensino caiu, refletindo a diminuição da parcela de pessoas que ainda cursavam o ensino médio ou anos anteriores nessa idade.
Em 2022, na Bahia, 26,8% das crianças de 0 a 3 anos estavam matriculadas em creches, um avanço significativo em relação a 2000 (8,1%) e 2010 (19,8%). Entre as crianças de 4 a 5 anos, 87,7% frequentavam a escola, frente a 55,0% em 2000 e 84,0% em 2010. Na faixa de 6 a 14 anos, a frequência escolar chegou a 98,4%, enquanto entre os adolescentes de 15 a 17 anos foi de 85,8%, ambos apresentando crescimento em relação a levantamentos anteriores. Já entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa caiu para 27,2% – menor do que os 38,8% registrados em 2000 e os 31,0% de 2010.
O mesmo movimento foi observado no Brasil, onde a frequência escolar aumentou até os 17 anos, mas caiu entre os jovens de 18 a 24 anos. Nacionalmente, essa taxa foi de 31,3% em 2000, passou para 30,6% em 2010 e chegou a 27,7% em 2022. Apesar dos avanços, a Bahia ainda não atingiu algumas metas do Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei nº 13.005/2014. O PNE prevê que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até 3 anos estejam na creche e que a frequência escolar seja universalizada para as faixas de 4 a 5 anos, 6 a 14 anos e 15 a 17 anos, o que nenhum Estado conseguiu alcançar até 2022.
No ranking nacional, a Bahia ocupava o 18º lugar na frequência escolar entre 0 a 3 anos, o 12º lugar na faixa de 4 a 5 anos, o 13º entre 6 a 14 anos, o 11º entre 15 a 17 anos e o 19º na faixa de 18 a 24 anos. O Distrito Federal liderava a frequência nas faixas de 6 a 14, 15 a 17 e 18 a 24 anos, enquanto São Paulo registrou a maior taxa entre 0 a 3 anos e o Piauí foi o destaque na faixa de 4 a 5 anos. (Fonte: Bahia.ba)
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Carlos Britto
Foto: Antonio Queirós/GOvBA arquivo