No Sertão nordestino, chuvas põem fim aos meses de seca e trazem de volta o verde às plantações

Na Região Nordeste, chuva e frio não são necessariamente um problema. Em alguns lugares, são até o contrário disso. O Ipanema banha parte do Agreste de Pernambuco e do Sertão de Alagoas. Há dois meses, este era o cenário no leito do rio: seco. A chuva trouxe de volta a correnteza e o verde.

A reportagem do jornalista Amorin Neto, diz que regiões do sertão estava há Dez meses de seca com temperatura de quase 40ºC, sem produzir nada no campo. Até maio, essa paisagem parecia não ter vida. Agora tem flores nas plantas da Caatinga e feijão brotando da terra dos irmãos Cícero e Antônio. Eles passam o dia todo cuidando da plantação. A esperança de uma boa colheita anima os agricultores.

“Estava seco, rapaz. Aí, graças a Deus, como a chuva veio, melhorou”, conta o agricultor Antônio Luís dos Santos.

“A seca foi meio pesada. Mas, de repente, quando Deus quer, melhora tudo. Muito feliz”, diz o agricultor Cícero Luís dos Santos. É graças aos cultivos de inverno que os sertanejos terão alimento na mesa quando a estiagem voltar.

“Aqui a previsão é barriga cheia. A partir de setembro, a gente já começa a colher, com fé em Deus, e é só sossego, só alegria”, comemora o agricultor Jailmo Gomes dos Santos.

O clima desta época do ano também altera os hábitos dos moradores de algumas cidades do Sertão nordestino. Uma delas é Água Branca, a pouco mais de 300 km de Maceió. Por lá, a temperatura mínima de 12ºC faz a neblina cobrir a vegetação e deixa as ruas quase desertas.

“Chega a 17ºC, º19C, a gente já sente frio porque aqui é muito calor. 40ºC tem vez que chega, aí sente bastante frio com essa temperatura”, diz um morador..
Por isso, os amigos preferem ficar em casa. Além de roupas de frio, a conversa é aquecida com lareira e regada a vinho.

“É muito semelhante a um clima europeu e é muito bom para estar em frente a uma lareira e tomar um bom vinho”, conta a estudante Maria Regina Menezes.
“Tem que aproveitar bem, que o inverno aqui é curto e o resto do ano é só calor”, diz o motorista José Marcos Lima dos Santos.

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Jornal Nacional Foto reprodução