Onda de calor coloca mais de 1,2 mil municípios em alerta vermelho

Os últimos dias do ano estão sendo marcados por calor intenso em diversas regiões do país. Até as 18h de segunda-feira (29), 1.284 municípios brasileiros, distribuídos em oito estados, permaneciam sob alerta vermelho para onda de calor, conforme aviso emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
De acordo com o Inmet, as temperaturas podem ficar até 5 °C acima da média por um período que varia entre três e cinco dias. O alerta laranja indica atenção para a possibilidade de eventos meteorológicos perigosos, com previsão de ocorrência do fenômeno em até 72 horas.
As áreas afetadas abrangem grande parte da Região Sudeste, além de trechos do Sul e do Centro-Oeste. Em São Paulo, a capital registrou 35,9 °C na quinta-feira (25), o dia mais quente de 2024 e um novo recorde para o mês de dezembro. Já o Rio de Janeiro também enfrentou temperaturas extremas, com 40,1 °C, a maior máxima histórica registrada na cidade.
Esse calor intenso o calor intenso é causado por um bloqueio atmosférico que se instalou sobre parte do país. Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, esse fenômeno dificulta a atuação de frentes frias e outros sistemas meteorológicos, favorecendo a manutenção do tempo seco e das temperaturas elevadas por vários dias consecutivos.
Impactos na saúde-O calor excessivo já provoca reflexos no sistema de saúde. Nos dias 23 e 24 de dezembro, o município do Rio de Janeiro contabilizou 973 atendimentos possivelmente relacionados ao calor, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. O levantamento ocorreu após a cidade atingir o nível 3 do Protocolo de Calor, em uma escala que vai até o nível 5, às 15h50 da véspera de Natal.
Entre os principais sintomas relatados estavam tontura, fraqueza e desmaios, sinais típicos de estresse térmico, condição que pode se agravar em períodos prolongados de altas temperaturas.
Diante do cenário, autoridades reforçam orientações à população para reduzir os riscos à saúde. Entre as recomendações estão o aumento da ingestão de água, o consumo de alimentos leves e o uso de roupas frescas e claras.
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Correio Braziliense e Estadão Foto Agencia Brasil
