Após 15 dias, vigilantes aceitam proposta e encerram greve na Bahia
Ficou acordado reajuste salarial de 6%, retroativo ao mês de maio, e redução do desconto no tíquete de alimentação de 20 % para 15%
Os vigilantes da Bahia decidiram encerrar a greve da categoria após assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (7), em Salvador. Os trabalhadores aceitaram o reajuste salarial proposto pelos patrões e afirmam que voltam ao trabalho já nesta quinta-feira (8), a partir das 7h.
Após 12 rodadas de negociação, ficou acordado reajuste salarial de 6%, retroativo ao mês de maio. Além disso, o desconto no ticket alimentação, que era de 20 %, passará a ser de 15%. O reajuste acordado ficou abaixo do percentual que era reivindicado pela categoria, de 7%, e acima do que os patrões haviam proposto inicialmente: 1%. O acordo que pôs fim à paralisação ocorreu, também nesta tarde, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) e foi mediado pelo órgão.
O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado da Bahia (Sindivigilantes), José Boaventura, disse que outros pontos da pauta de reivindicações ainda não tiveram um acordo e ficaram pendentes de negociação. “O que conseguimos, fundamentalmente, foi os 6% de reajuste dos salários, redução do desconto do vale refeição e pagamento dos 15 dias que ficamos parados. As demais questões ficaram pendentes para continuar a serem negociadas, como a questão da cota de 30% dos postos para as mulheres e a ampliação da cesta básica“, disse.
Boaventura disse, ainda, que a categoria levou em consideração o momento de crise da economia para aceitar o percentual de reajuste salarial abaixo do que era reivindicado inicialmente. “Vivemos em meio a um cenário de crise no país e, em meio a esse contexto, entendemos que esse reajuste é razoável. Há a recomposição da inflação, que é de 5,44% , e ainda temos um ganho real de pouco mais de meio por cento. Não era o acordo dos sonhos, mas está razoável“, disse.
Paralisação
A greve dos vigilantes foi iniciada no dia 24 de maio. Durante a paralisação, a categoria realizou várias manifestações em ruas e até dentro de shoppings de Salvador. A greve ainda provocou impacto no funcionamento de agências bancárias de Salvador e de cidades do interior da Bahia e causou atraso em cerca de quatro mil perícias agendadas do INSS na capital. O atendimento no funcionamento de nove museus no estado também foi interrompido devido à paralisação.
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*Por G1 BA