Vitor Belfort vê legado incompleto no MMA: “A gente ainda não é considerado esporte”

Após a última luta em maio, lutador pretende continuar trabalhando com esporte

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Sendo um dos lutadores mais experientes e conhecidos da história do MMA, Vitor Belfort, ao que tudo indica, fará sua última luta, do dia 12 de maio, no UFC 224 no Rio de Janeiro, contra Lyoto Machida.

Através de quase 22 anos de trajetória, o lutador carioca viu o esporte passar por uma enorme metamorfose, passando de lutas com poucas regras, mal vistas e banidas em diversas cidades, a uma modalidade com conjunto de regras e formato definidos, que virou fenômeno global de mídia, capaz de produzir superastros milionários.

O lutador, contudo, enxerga a metamorfose do esporte ainda incompleta. Ele vê o cenário atual das principais organizações, com foco nas provocações e no drama entre os atletas, e acredita que isso precisa ser revisto.

Em entrevista ao Giro Combate, o lutador disse que após a última luta, pretende continuar trabalhando com esporte. “Com certeza continuarei trabalhando com esporte, tenho uma paixão tremenda por este esporte. Acho que hoje em dia a gente é mais entretenimento do que esporte, a gente ainda não é considerado como esporte. Não existe contratualmente, você não é tratado como atleta e sim como “entertainer”, e acho que tem muita coisa para mudar. Acho que tenho muito conhecimento, sabedoria e experiência pra colaborar para que o esporte cresça cada vez mais”, analisou.

Vitor Belfort esteve na vanguarda dos lutadores que extrapolaram o MMA e se tornaram astros pop. Desde jovem, o atleta investiu em sua imagem dentro e fora do octógono, e logo se tornou o lutador mais conhecido do Brasil. Seu sucesso ajudou a criar a fórmula para outros artistas marciais consagrados pelo povo, como Anderson Silva, Rodrigo Minotauro e Junior Cigano, sem contar os estrangeiros.

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Varela Noticias