BRASIL: Operação da PF investiga organização financeira e prende 32 suspeitos
A operação realizada pela Polícia Federal em Minas Gerais e em mais três estados nesta sexta (09) identificou o contador nacional da maior facção criminosa do país. Ele já estava preso em Piraquara (PR) por tráfico de drogas. A informação foi dada pelo delegado da PF Alexander Oliveira.
Até as 12h30, 34 pessoas haviam sido presas e outros seis mandados de prisão contra pessoas que já estavam detidas foram cumpridos. Outras 12 pessoas ainda estavam foragidas. Dos 34 detidos, 20 foram presos no Paraná.
A Polícia Federal contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil, Polícia Militar e sistemas prisionais de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. O objetivo da operação, segundo o delegado, era desarticular o setor financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Isso é realmente o que desarticula a facção criminosa. Só prender os traficantes a gente tem visto que não está resolvendo. Tanto que seis investigados já estavam presos e continuavam praticando o tráfico de drogas. Prendendo o contador e desarticulando a sua rede de lavagem de dinheiro, a gente espera que isso dê uma desestruturada na maior facção criminosa organizada do Brasil”, disse Alexander Oliveira.
A PF ainda cumpriu todos os 48 mandados de busca e apreensão e os 45 mandados de bloqueios de contas bancárias usadas para lavar o dinheiro vindo do tráfico de drogas.
Somente em nove meses de investigação destas 45 contas, a polícia conseguiu identificar uma movimentação de R$ 7 milhões pela facção.
“É um universo muito pequeno, foi o que a gente pôde identificar nesta operação, só o tráfico de cocaína do PCC movimenta semanalmente mais de R$ 5 milhões”, disse o delegado.
Setor financeiro
De acordo com o delegado, o tráfico de drogas é o crime que sustenta financeiramente a organização criminosa. Após a apreensão de um telefone celular em Minas, em novembro do ano passado, a polícia conseguiu identificar o contador do tráfico de drogas no estado, que está preso em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
A partir daí, foi possível identificar o contador nacional da organização criminosa, que está preso em Piraquara (PR). O esquema do setor financeiro coleta o dinheiro do tráfico de drogas e repassa para os chefes.
Com a investigação, a Polícia Federal descobriu que o dinheiro do tráfico é depositado em pequenas quantias em contas bancárias de parentes e cônjuges dos chamados “pé quebrado”, que são os integrantes de baixo escalão da facção.
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