Nos pênaltis, Bahia vence o Atlético e fatura o tri do Baianão

Final terminou empatada em 1×1 no tempo normal 

3Elenco do Bahia comemora o 49º título estadual do clube (Felipe Oliveira/EC Bahia)

A torcida do Bahia pode gritar bem alto que é tricampeã do Campeonato Baiano. Na tarde deste sábado (8), o Esquadrão superou o Atlético de Alagoinhas em Pituaçu e levantou a taça de 2020, sua 49ª na galeria de troféus estaduais.

O título chegou após altas doses de emoção, já que o Carcará saiu na frente com Magno Alves e o tricolor teve que correr atrás do resultado. Conseguiu um gol com Daniel, e o placar de 1×1 nos 90 minutos levou a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, o Bahia venceu por 7×6 e levou a melhor. Dedeco, do Atlético, perdeu a última batida, defendida por Douglas.

2Douglas defende a cobrança de Dedeco e garante o título do Bahia
(Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia)

A conquista quebra um hiato de 32 anos, já que desde 1988 o Bahia não faturava três edições seguidas da competição, e dá certa tranquilidade para o clube na sequência da temporada. O tricolor já estreia no Brasileirão quarta-feira (12), contra o Coritiba.

O Atlético, que enfrentou o Bahia três vezes no estadual e não perdeu nenhuma (ganhou por 1×0 na primeira fase e empatou as duas na final), vai disputar a Série D a partir de setembro.

O jogo
Pressionado pelo fraco desempenho no empate de 0x0 no primeiro jogo da final e pela perda do título da Copa do Nordeste para o Ceará, Roger Machado decidiu escalar o Bahia força máxima. Apenas Douglas, Nino Paraíba e Ronaldo foram mantidos na equipe. Já Agnaldo Liz promoveu apenas uma alteração no Carcará em relação ao jogo da ida. Suspenso, o volante Makelele deu lugar para Lucas.

Mesmo com o Bahia atuando com boa parte do time principal, foi o Atlético que começou mais solto na partida. Com apenas cinco minutos, Edilson cobrou falta forte e obrigou Douglas a fazer boa defesa.

Diante de um tricolor que pouco conseguiu criar no primeiro tempo, o time do interior se sentiu confortável e faltou pouco para tirar o zero do marcador. O cruzamento de Tobinha passou por toda a pequena área e parou nos pés de Filipinho, que chutou forte, porém no lado de fora da rede.

Enquanto isso, o Esquadrão até tinha mais posse de bola que o Carcará, mas faltavam inspiração e intensidade. Assim como nos últimos jogos, os jogadores abusaram dos erros e irritou o técnico Roger, que gritava na beira do campo.

A melhor chance do Bahia na primeira etapa aconteceu já aos 46 minutos, quando Flávio acertou bom passe para Juninho Capixaba, o lateral ganhou da marcação e deu uma cavadinha na saída de Fábio Lima. A bola ia morrer no fundo gol, mas o zagueiro Mailson cortou em cima da linha. Mesmo assim, o árbitro pegou falta de Capixaba e invalidou o lance.

Segundo tempo
Precisando vencer o jogo, os dois times voltaram com mudanças no segundo tempo. Do lado tricolor, Roger sacou Fernandão e Flávio e colocou Daniel e Saldanha em campo. Já o Atlético mudou o lateral Paulinho por Edson.

O panorama, no entanto, seguiu o mesmo: Bahia com mais posse de bola e dificuldades e o Atlético aproveitando os espaços que encontrava.

Aos sete minutos, Dedeco pegou a sobra do escanteio e chutou forte, só que a bola passou por cima. Um minuto depois o mesmo Dedeco arriscou da entrada da área e levou perigo ao goleiro Douglas.

 resposta do Bahia veio também com a primeira finalização do time na partida quando Daniel tentou de fora. A bola desviou na defesa e foi para escanteio.

O que vinha se desenhando, aconteceu. Aos 14 minutos, Magno Alves recebeu na entrada da área, com macação à distância. O atacante de 44 anos bateu de pé esquerdo e acertou o cantinho de Douglas, abrindo o placar para o Carcará: 1×0.

Em desvantagem, o Bahia se lançou ao ataque. Na tabela com Rodriguinho, Élber invadiu a área e ficou de cara com Fábio Lima, porém chutou pra fora.

A pressão tricolor surtiu efeito. Aos 25 minutos, Ronaldo se esforçou para evitar a saída da bola para escanteio após um chute de Saldanha travado pela zaga e cruzou rasteiro no meio da área. Daniel pegou de primeira, o goleiro Fábio Lima ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o empate do Esquadrão. O Atlético reclamou que a bola havia saído no cruzamento, mas o lance foi revisado pelo VAR e validado pela arbitragem.

A virada do Bahia poderia ter saído poucos minutos depois: Juninho Capixaba recebeu lançamento, entrou na área disputando com a marcação e chutou por cima. Já aos 33, Élber voltou a ficar de cara com o goleiro do Atlético. Ele chutou forte e a bola bateu em Fábio Lima e na trave antes de se perder em escanteio.

Tentando aproveitar os espaços deixados pelo Bahia, o Atlético quase chegou ao segundo gol aos 40 minutos, quando Vitinho pegou o rebote da defesa e mandou de primeira. Douglas espalmou e salvou o Esquadrão.

O árbitro deu quatro minutos de acréscimos, mas o tempo não foi suficiente para o marcador ser novamente alterado e o campeão teve que ser definido nos pênaltis.

Nas cobranças, Magno Alves perdeu a primeira do Atlético ao chutar para fora. Só que na sequência, Marco Antônio parou nas mãos do goleiro Fábio Lima. E assim a série de cinco cobranças terminou empatada. A disputa se estendeu até que Douglas defendeu o chute de Dededo no canto direito e o Bahia levou a melhor: venceu por 7×6 e soltou o grito de campeão baiano.

Ficha técnica:

Bahia 1×1 Atlético de Alagoinhas (7×6 nos pênaltis) – Final do Campeonato Baiano

Estádio: Pituaçu, em Salvador

Bahia: Douglas, Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba, Ronaldo (Gregore), Flávio(Daniel) e Rodriguinho (Marco Antônio); Élber, Rossi (Clayson) e Fernandão (Saldanha). Técnico: Roger Machado.

Atlético de Alagoinhas: Fábio Lima, Paulinho (Edson), Mailson, Eduardo e Filipinho; Lucas, Dedeco e Edilson (Alex); Tobinha (Reninha), Russo (Vitinho) e Magno Alves. Técnico: Agnaldo Liz.

Gols: Magno Alves, aos 14, e Daniel, aos 25 minutos do 2º tempo.
Cartões amarelo: Daniel e Flávio (Bahia); Mailson (Atlético)
Arbitragem: Marielson Alves Silva, auxiliado por Elicarlos Franco de Oliveira e Jucimar dos Santos Dias.

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