Jacobina registra mais dois tremores de terra; já são 10 abalos no ano

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Outros dois tremores de terra de magnitude preliminar de 2.0mR foram registrados na cidade de Jacobina, no norte da Bahia, na manhã desta segunda-feira (10). A identificação foi feita pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis). Este foi o décimo abalo sísmico registrado no município somente este ano.

Segundo o LabSis, os eventos aconteceram às 9h40 e 10h45. Até a publicação desta reportagem, o laboratório não recebeu a informação de que moradores da região escutaram ou sentiram o tremor de terra.

O LabSis informou ainda que segue o monitoramento contínuo de eventos sísmicos e tem informado a Defesa Civil sobre as ocorrências. Ao G1, o laboratório informou que houveram dois tremores em janeiro e fevereiro, três em março, um em abril e dois em maio.

Entre fevereiro e março deste ano, pelo quatro abalos foram registrados no município. No dia 18 de março, dois tremores, com magnitude de 2.2 mR e 1.7 mR, ocorreram em Jacobina. Em 3 de fevereiro, mais um abalo, desta vez de 2.7 mR, ocorreu na região. Este, de intensidade mais alta, chegou a ser escutado pelos moradores da cidade.

Abaixo de 2 mR, os tremores são captados somente pelos sismógrafos. Entre 2.1 e 4 pontos de magnitude, o impacto é semelhante à passagem de um veículo pesado.

O último abalo sísmico registrado em Jacbonina aconteceu no dia 30 de março e foi um tremor de terra de magnitude preliminar de 1.2mR, considerado de intensidade baixa.

A estação que mede os abalos sísmicos localizada mais perto de Jacobina está instalada na cidade de Ponto Novo, cerca de 60 km distante.

Em entrevista ao podcast “Eu Te Explico”, do G1 BA, o coordenador do LabSis, Aderson Nascimento, falou sobre a frequência dos abalos na Bahia.

“Em média, não existe razão nenhuma pra gente pensar que a sismicidade de uma hora pra outra ela aumenta. Ela aumenta e diminui. Quando você pega um certo intervalo de tempo, em média, é sempre a mesma. Não tem nenhuma razão para pensar que ela aumentou. O que aumentou, de fato, isso é notável, é a nossa capacidade de monitoramento e detecção”.

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G1