Produção industrial baiana avança 10,5% em junho
Em junho de 2021, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, avançou 10,5% frente ao mês imediatamente anterior, o melhor desempenho para um mês de junho desde 2018 (quando o aumento havia sido de 15,1%). Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 7,9%. No primeiro semestre do ano, a indústria registrou retração de 15,0%, em relação ao mesmo período anterior. O indicador, no acumulado dos últimos 12 meses, apresentou declínio de 8,7% frente ao mesmo período anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No confronto de junho de 2021 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou queda de 7,9%, com seis das 12 atividades pesquisadas assinalando queda da produção. O setor de Celulose, papel e produtos de papel (-52,5%) apresentou a principal contribuição negativa no período, explicada, especialmente, pela menor fabricação de pastas químicas de madeira. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Derivados de petróleo (-13,1%), Veículos (-77,9%), Metalurgia (-18,2%), Minerais não metálicos (-11,0%) e Bebidas (-7,7%). A principal contribuição positiva foi em Produtos químicos (12,6%), influenciada, principalmente, pela maior fabricação de acrilonitrila, etileno não saturado e policloreto de vinila (PVC). Outros setores que apresentaram resultados positivos foram: Couro, artigos para viagem e calçados (78,7%), Produtos alimentícios (9,3%), Borracha e material plástico (7,4%), Extrativa mineral (2,9%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (92,8%).
No acumulado do período de janeiro a junho de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 15,0%. Quatro dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Derivados de petróleo, que registrou queda de 37,4%, impulsionado, em grande parte, pelo menor refino de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica. Importante ressaltar, também, os resultados negativos assinalados por Veículos (-93,3%), Metalurgia (-11,9%) e Celulose, papel e produtos de papel (-6,2%). Positivamente, destacou-se o segmento Produtos químicos (20,0%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de princípios ativos para herbicidas, acrilonitrila e etileno não saturado. Vale citar ainda, o crescimento em Couro, artigos para viagem e calçados (46,8%), Borracha e material plástico (27,3%), Extrativa mineral (11,2%), Produtos de minerais não metálicos (8,3%), Bebidas (7,5%), Alimentos (0,6%) e Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (11,5%).
No acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a taxa da produção industrial baiana foi de -8,7%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado no período, com destaque para Derivados de petróleo, que teve queda de 17,9%. Importante ressaltar também os resultados negativos assinalados por Veículos (-50,2%), Metalurgia (-20,1%), Celulose, papel e produtos de papel (-1,0%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,1%). Destacaram-se, positivamente, Produtos químicos (18,6%), Borracha e material plástico (12,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (13,4%), Bebidas (11,2%), Minerais não metálicos (4,1%), Produtos alimentícios (1,4%) e Extrativa mineral (1,6%).
Análise trimestral
No segundo trimestre de 2021, comparado com o mesmo período do ano anterior, a indústria baiana assinalou declínio de 14,8%, arrefecendo a queda na comparação com o primeiro trimestre de 2020, quando registrou taxa negativa de 17,6%. Destacam-se os avanços dos setores de Produtos químicos, que passou de 11,3% para 31,8%; Couro, artigos para viagem e calçados, de 17,2% para 102,6%; Produtos de borracha e material plástico, de 7,1% para 65,4%; Extrativas, de 7,7% para 16,4%; Minerais não metálicos, de 6,0% para 9,3%; e Bebidas, de -1,4% para 18,0%. Ressalta-se que, nesse trimestre, houve resultados positivos elevados, influenciados, em grande parte, pela baixa base de comparação, já que no mesmo período do ano anterior, o setor industrial foi pressionado pelo aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, por conta do movimento de distanciamento social durante a pandemia de Covid-19. Por sua vez, observou-se intensificação nos recuos em Derivados de petróleo, que passou de -24,3% para -65,1%; e Metalurgia, de -4,2% para -18,0%.
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Fonte: Ascom/SEI