Pacientes enfrentam dificuldades para conseguir vagas em hospitais através da regulação na Bahia

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Pacientes do sistema público de saúde da Bahia têm relatado dificuldades para conseguir transferências para hospitais do estado.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), o tempo médio de espera na regulação é de até 72 horas, mas segundo a pasta, esse tempo pode ser maior pela falta de recursos, e ausência de médicos especialistas.

Uma prova desta situação é que a reportagem da REDEGN vem recebendo várias denúncias.

No mês de outubro a TV Bahia e o G1, revelou que cirurgia cardíaca pediátrica, por exemplo, só é realizada em quatro hospitais do estado. Três em Salvador e um em Feira de Santana. Em casos de doenças hemato-oncológicas, apenas três hospitais em Salvador realizam o tratamento.
A Sesab informou que a Central de Regulação está em busca de unidades que atendam o perfil dos pacientes que estão à espera de transferência.

Nesta segunda-feira, a REDEGN, postou mensagem de Vania Nascimento. Ela enviou vídeo e denunciou que está no Hospital Sote há 17 dias aguardando uma regulação. De acordo com o audio dona Marilia Rosário precisa de transferência pois “sofre de arritmia, artrite, mal de parkson”, e tudo a cada dia piora a situação.

“Eu peço as autoridades de Juazeiro que tomem uma providência. Ela pagou a vida inteira impostos e quando precisa não assistencia para fazer uma cirurgia do Femur. Não temos dinheiro para fazer essa cirurgia particular que custa em torno de setenta mil reais”.

No site da Secretaria de Saúde do Governo do Estado da Bahia, consta que a Regulação de pacientes é uma ferramenta de democratização do acesso, onde, por exemplo, um paciente do município de Barreiras, oeste da Bahia, tem o mesmo direito a ser internado no Hospital Geral do Estado, localizado na capital Salvador, do que um paciente que está na emergência do hospital. A decisão de internação será pautada na gravidade do caso e não pela proximidade.

É um sistema criado para gerir vagas hospitalares e outras necessidades de pacientes dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), utilizando critérios internacionalmente estabelecidos. Antes de ser criada a Regulação, os pacientes rodavam de porta em porta, dentro de ambulâncias ou pessoalmente, buscando uma vaga que, muitas vezes, não era em uma unidade com o perfil adequado para tratar aquela pessoa ou era uma unidade em que não existia a vaga.

A classificação de risco é uma ferramenta utilizada nos serviços de urgência e emergência, voltada para avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. As unidades seguem protocolos internacionais, como o Protocolo de Manchester, no qual classifica o paciente como Emergência (Vermelho), Muito Urgente (Laranja), Urgente (Amarelo), Pouco Urgente (Verde) e Não Urgente (Azul).

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Redação redeGN / Foto Redes Sociais