Mais de 250 pessoas aguardam vagas em hospitais na Bahia; demanda cresceu 928%

Para acompanhar demanda, estado abriu mais 63 leitos 

csm_paula_froes_arquivo_correio_502e8e5104(Paula Fróes/Arquivo CORREIO)

Com o aumento dos casos ativos e da taxa de transmissão da covid-19, a fila da regulação para pacientes com a doença voltou a crescer na Bahia. Houve um aumento de 928% nos primeiros dias de janeiro de 2022. Dia 1º, eram 25 pessoas na fila – oito para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 17 para leitos clínicos. Já na última segunda-feira (24), eram 257 baianos na espera – 75 para UTI e 182 para a enfermaria. Analisando só o aumento da fila para as UTIs, essa alta foi de 837,5%. Já para os leitos clínicos, o crescimento foi de 970,6%.

Para acompanhar a demanda, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ampliou o número de leitos de UTI exclusivos para o novo coronavírus de 546 para 609, neste mesmo período. Mesmo assim, cinco dos nove Núcleos Regionais de Saúde (NRS) do estado estão com ocupação acima de 70%. A região Nordeste do estado, onde ficam localizados os municípios de Alagoinhas e Ribeira do Pombal, é a mais crítica, com 88%. Em seguida, está o Sudoeste (82%), Sul e Leste (76%), e Oeste (71%).

Os dados são de um levantamento do CORREIO a partir dos boletins epidemiológicos da Sesab. De acordo com a secretária estadual da saúde da Bahia, Tereza Paim, essa necessidade de ampliação do número de leitos se deu com o avanço da variante ômicron, que fez subir exponencialmente a taxa de transmissão e casos ativos. Ela pontua que os pacientes da regulação têm características distintas de outras ondas da covid-19. Antes, eles eram internados exclusivamente pelo vírus. Agora, ocupam os leitos por terem doenças de base e também por estarem infectados.

“Com o espalhamento da ômicron, as pessoas estão com doenças que já existem, estando também contaminadas com o vírus. E precisamos eleger essas pessoas para hospitais dedicados à covid. Portanto, esse aumento se deu por pessoas que levam a covid para dentro de hospitais e pelas pessoas que procuram as unidades com sintomas gripais, e que têm outras comorbidades. A realidade do aumento é de pessoas com outras patologias, afetas pela covid”, explica Tereza Paim.

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