Delegado da Polícia Civil orienta como evitar golpes pela internet
Casos de golpes pela internet estão ficando cada vez mais frequentes em Petrolina e Juazeiro. Em dezembro de 2021, o jornalista Raphael Nobre, que trabalha como social mídia, teve o perfil no Instagram hackeado, enquanto pensava conversar com um colega. Após compartilhar um código, a vítima conta que os transtornos começaram aparecer.
Segundo Raphael, foram feitos vários anúncios de vendas de imóveis e eletrodomésticos com preços atrativos em nome dele. “Uma série de pessoas tentadas, conversaram com hacker, entraram em contato com ele, algumas compraram e quando elas percebiam que haviam caído em um golpe, ele passava o meu número de telefone pessoal. Então, as pessoas que compravam vinham até a mim, ligavam para mim”, diz a vítima.
“As pessoas compravam, quando não recebiam, me cobravam, e ainda sofri ameaças caso não cumprisse com o que foi conversado entre a pessoa e o hacker”, completa o jornalista.
Raphael diz que registrou um Boletim de Ocorrências e gravou um vídeo, alertando os seguidores sobre a invasão de seu perfil. De acordo com delegado da Polícia Civil Gregório Ribeiro, o Instagram e WhatsApp têm sido os principais meios utilizados pelos golpistas. Ele explica como os usuários podem se prevenir da ação dos bandidos.
“O principal nessas situações, que são de golpes de Instagram e WhatsApp, que são as principais modalidades, que evitariam muito de se cair, seria a autenticação de dois fatores”, diz.
“Basta você entrar nas configurações de segurança, tanto do Instagram quanto do WhatsApp, e ativar a autenticação de dois fatores. Mesmo que o golpista ele obtenha por meio de engenharia social, que é por meio de links falsos, alguma coisa assim, obtenha acesso à sua conta, como ele está acessando por outro aparelho, ele vai ter que digitar a senha que você colocou como autenticação de dois fatores”, ensina o delegado .
Gregório Ribeiro também alerta para que as pessoas desconfiem de produtos que estão sendo oferecidos com valor bem abaixo do usual. Segundo o delegado, a recomendação é que o consumidor vá até o endereço físico do anunciante, para comprovar a veracidade da oferta.
“Petrolina e Juazeiro são cidades pequenas, então, em dez minutos você está no local. Você vai chegar e confirmar. Se é uma pessoa física, uma pessoa normal, sem ser empresa, vai ser um conhecido seu, porque você não vai comprar uma coisa, pelo menos não é para ser feito, você depositar dinheiro na conta de quem você não conhece”.
“Se é um conhecido seu, simples, faça uma ligação para ele e veja se é verdade. São dicas que não precisam de muita ciência. São bem básicas. Tomou esses cuidados, tem 99% de certeza que você não vai cair em um golpe”.
Caso a pessoa caia no golpe, tendo algum aplicativo invadido ou pagando por uma oferta inexistente, Gregório Ribeiro destaca que é fundamental ir até a delegacia. Além de realizar o Boletim de Ocorrências e assinar o termo de representação criminal, o relato da vítima ajuda a polícia a entender mais sobre a ação dos bandidos.
“Os golpistas estão sempre se atualizando. Então, vez ou outra chega uma modalidade de golpe que a gente nunca viu. Vai chegar, a gente vai entender o golpe e depois sempre começam a chegar outros. Mas, a gente só começa entender, quando começa a chegar”, afirma o delegado.
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G1 Emerson Rocha