Diretor da Chesf faz alerta sobre período de aumento dos reservatórios

Foto: André Schuler

Em entrevista ao Blog, nesta quinta-feira (01), o diretor de Operação da Eletrobras Chesf, João Henrique de Araújo Franklin Neto, informou sobre o início do período úmido da temporada 2022-23, com a expectativa do aumento das chuvas nas bacias dos rios São Francisco (Sobradinho e Itaparica) e Parnaíba (Boa Esperança), regiões onde a Companhia possui usinas instaladas dos reservatórios da Eletrobras Chesf.

João fez uma alerta sobre as previsões de aumento da vazão da Barragem de Sobradinho (BA), que pode afetar os moradores das áreas ribeirinhas da região do Vale do São Francisco. De acordo com ele, o aviso é dado com antecedência para a adoção das providências cabíveis pelas entidades atuantes na região, a fim minimizar os impactos sobre a população, seja na zona rural, com culturas de vazante, seja nas cidades, com barracas, bares, habitações diversas e até mesmo construções mais elaboradas, como também sobre as atividades produtivas desenvolvidas na área dos reservatórios.

“Damos essas informações de forma preventiva. É normal que chova, mas é preciso o apoio das prefeituras envolvidas, das Defesas Civis, para a realização de ações voltadas para a população que fica ao longo do rio. Estamos iniciando o período úmido e rio irá se elevar por conta das chuvas”, pontuou.

Geração de energia

Com o período úmido, que começa em novembro e vai até maio do ano seguinte, a região Nordeste se torna capaz de gerar energia suficiente para as próprias regiões e para exportar, em caso de necessidade.

“No ano passado foi preciso exportar energia do Nordeste para o Sul do país, devido a capacidade da geração de energia, tanto nos reservatórios das usinas hidrelétricas, como das usinas eólicas. O Nordeste se caracteriza hoje em uma área de atuação com possibilidade de transferir energia para outas regiões do país”, destacou, reforçando que a preocupação maior é por conta das chuvas e dos cuidados com a população que vive nas proximidades do rio.

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Carlos Britto